Marcelo aguarda que se apure “toda a verdade” sobre Tancos para formular “um juízo preciso”

  • Lusa
  • 4 Outubro 2018

Mantém confiança no ministro da Defesa? "Vamos aguardar a conclusão deste processo", disse o Presidente da República. "Depois será possível formular um juízo preciso sobre a matéria", acrescentou.

O Presidente da República defendeu, questionado sobre o conhecimento imputado ao ministro da Defesa quanto ao caso de Tancos, que há que aguardar que se apure “toda a verdade” para formular “um juízo preciso”.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas realçou que “está em curso uma investigação criminal” e acrescentou que “há que esperar que decorra e apure toda a verdade”. “Eu desde o início tenho defendido isso. Portanto, vamos esperar para ver quais são as conclusões”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no final de uma iniciativa comemorativa da implantação da República, no cemitério de Loures, depois de questionado pelos jornalistas se ficou satisfeito com as explicações do ministro Azeredo Lopes, que negou hoje “categoricamente” ter tido conhecimento de qualquer “encobrimento” na recuperação do material militar desaparecido do paiol de Tancos.

O Presidente da República escusou-se a revelar se já falou sobre este assunto com o primeiro-ministro, António Costa.

Interrogado se, enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas mantém a confiança no ministro da Defesa, respondeu: “Vamos aguardar a conclusão deste processo, desta instrução criminal em curso, e, em função dos factos apurados e das responsabilidades eventualmente suscitadas, depois será possível formular um juízo preciso, concreto e específico acerca da matéria”.

O Expresso noticiou esta quinta-feira que o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, major Vasco Brazão, disse ao juiz de instrução do caso de Tancos que, “no final do ano passado, e já depois de as armas terem sido recuperadas, deu conhecimento ao ministro da Defesa, juntamente com o diretor daquela polícia, coronel Luís Vieira, da encenação montada em conjunto com a GNR de Loulé em torno da recuperação as armas furtadas” do paiol nacional de Tancos.

Em Bruxelas, o ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, negou que isso tenha acontecido. “Queria dizer categoricamente que é totalmente falso que eu tenha tido conhecimento de qualquer encobrimento neste processo. Não tive conhecimento de qualquer facto que me permitisse acreditar que terá havido um qualquer encobrimento na descoberta do material militar de Tancos”, afirmou.

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