Itália continua a pressionar as bolsas. Wall Street recua

Os principais índices norte-americanos encerraram em queda, pressionados pelas tensões oriundas de Itália. As quedas no setor industrial continuaram a preocupar os investidores.

As bolsas norte-americanas encerraram em queda, mantendo a tendência de abertura. Num dia marcado pelas fortes tensões oriundas de Itália, que viu o Oorçamento para o próximo ano ser recusado pela Comissão Europeia, os mercados foram apresentando perdas, uns atrás dos outros. As tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos continuam a pairar sobre as bolsas, refletindo-se nos resultados de dois pesos pesados do setor industrial — a Caterpillar e a 3M.

O S&P 500 fechou a perder 0,55% para 2.740,69 pontos, naquela que é a quinta sessão consecutiva de quedas. A acompanhar a tendência esteve o tecnológico Nasdaq que recuou 0,42% para 7.437,54 pontos. Por sua vez, o industrial Dow Jones continuou no vermelho, desvalorizando 0,5% para 25.191,43 pontos, pressionado pelas quedas no setor, nomeadamente da Caterpillar (perdeu 5,8%) e da 3M (perdeu 5,2%).

Este desempenho do setor industrial deve-se, em parte, às tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a bens chineses, que acabaram por aumentar os custos para as empresas e tornar o comércio mundial mais restrito. As negociações entre os dois países estão em stand-by, criando rumores de que essa disputa está para durar.

Estamos a ter outro dia marcado por um cenário de risco“, diz Massud Ghasssy, analista da Nasdaq IR Intelligence, citado pela Reuters (conteúdo em inglês). “As notícias negativas, que incluem uma desaceleração nos lucros das empresas, tensões comerciais, qualquer abrandamento dos dados económicos como resultado de tensões comerciais, estão a aumentar o ciclo de quedas dos mercados“, continuou.

Mas, a assombrar Wall Street estão mesmo as tensões oriundas de Itália, depois de o Governo ter visto o Orçamento recusado pela Comissão Europeia. Giuseppe Conte já adiantou que não vai tolerar alterações substanciais ao documento, afirmando mesmo que não há um “Plano B”. No entanto, mostrou-se disposto a manter conversações com a Comissão Europeia para que, juntos, possam chegar a um acordo.

Perante este chumbo inédito, o índice de referência italiano FTSE registou uma descida de 0,7%, desvalorização menos expressiva do que a apresentada por outras praças do Velho Continente, apesar da subida dos juros da dívida a dez anos para os 3,55%. O saldo menos negativo explica-se pelo facto de muitos investidores já terem antecipado a decisão de Bruxelas.

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