Chumbo de Bruxelas ao orçamento de Itália afunda bolsas. Lisboa toca mínimos de 2017

Num dia que já era marcado por tensões na Ásia, pelo clima de tensão com a Arábia Saudita, o chumbo do orçamento italiano por Bruxelas foi a gota de água. Ditou fortes quedas nas bolsas da Europa.

Depois das fortes quedas nos mercados asiáticos, as bolsas europeias afundaram. Depois de Bruxelas chumbar a proposta de orçamento apresentada pelo Governo italiano, a tendência negativa acentuou-se, com os principais índices a registarem quedas de mais de 1%. Lisboa não escapou, recuando para mínimos de ano e meio.

A rejeição de Bruxelas foi anunciado por Valdis Dombrovskis, depois de o Governo italiano se ter recusado a alterar os planos orçamentais tal como a Comissão tinha pedido. Agora, Itália tem um prazo máximo de três semanas para fornecer um novo plano de Orçamento para 2019.

Perante este chumbo inédito, o índice de referência italiano registou uma descida de 0,7%, desvalorização menos expressiva do que a apresentada por outras praças do Velho Continente, apesar da subida dos juros da dívida a dez anos para os 3,55%. O saldo menos negativo explica-se pelo facto de muitos investidores já terem antecipado a decisão de Bruxelas.

O Stoxx 600, o índice que agrega as principais cotadas da Europa, encerrou a perder 1,49% para 354.39 pontos, sendo que tanto Paris como Frankfurt, mas também Lisboa, acabaram por apresentar descidas ainda mais acentuadas. Enquanto o CAC 40 cedeu 1,53%, já o DAX perdeu mais de 2%. Lisboa fechou a sessão a cair 1,72%. O PSI-20 recuou pela terceira sessão consecutiva.

A maioria das cotadas do índice de referência português terminou a sessão em terreno vermelho, com destaque para a Galp Energia, que derrapou 3,86%, num dia de quedas acentuadas nos preços do petróleo. Mota-Engil e Altri registaram quedas superiores a 4%, já a F. Ramada liderou as descidas ao afundar 8,02% para os 8,60 euros.

Das dezoito cotadas do PSI-20, apenas duas terminaram em terreno verde, a retalhista Jerónimo Martins, que subiu 1,33% para os 11,465 euros, e a Sonae Capital. A dona do Pingo Doce, apesar da valorização de mais de 1%, acabou por não impedir uma descida acentuada do PSI-20.

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