Salários de políticos e gestores são os que mais sobem

  • ECO
  • 8 Novembro 2018

De acordo com os dados do INE, no terceiro trimestre do ano, salários dos políticos e gestores portugueses aumentaram 7,1%, o dobro da evolução média nacional.

Os salários dos políticos e gestores nacionais são os que mais sobem no país, revelaram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Diário de Notícias. No terceiro trimestre, os ordenados deste grupo aumentaram para 1.630 euros mensais, cerca do dobro da média nacional, que aumentou para 891 euros por mês. De acordo com o Governo, isto está relacionado com o descongelamento de todas as carreiras da administração pública e com a eliminação gradual da sobretaxa do IRS.

O salário médio líquido dos “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, diretores e gestores executivos” é o que mais está a subir a nível nacional. Comparando com o terceiro trimestre do ano passado, os ordenados aumentaram 7,1%, o dobro do ritmo da evolução da média nacional.

De acordo com o Ministério das Finanças, este avanço salarial está relacionado com, pelo menos, dois fatores: “a 1 de janeiro iniciou-se o processo de descongelamento de todas as carreiras da administração pública (…) que vem permitir alterações obrigatórias de posicionamento remuneratório, progressões e mudanças de nível ou escalão”, escreve o DN.

Os acréscimos remuneratórios decorrentes dos direitos acumulados serão repostos de forma faseada em 2018 e 2019“, continuou o ministério. Isto é, no próximo ano, os salários dos funcionários públicos, sobretudo os mais elevados, ainda podem influenciar pela positiva a média salarial de topo. O segundo fator está relacionado com a eliminação gradual da sobretaxa de IRS, cuja última fase acontece nos salários mais altos.

De acordo com os dados do INE, existem cerca de 950 mil pessoas a receber 600 euros líquidos ou menos por mês, o equivalente a 23% da população que trabalha por conta de outrem. Contudo, esta fatia está mais pequena, uma vez que se reduziu em 13%. A classe dos que recebem entre 600 e 900 euros mensais, que representa a maior fatia, são quase 1,3 milhões de pessoas.

Analisando as zonas do país, a maior progressão salarial acontece no centro, onde os salários aumentaram 4,6% para 850 euros, e a norte, onde as subidas foram de 3,5% para 827 euros líquidos. Na grande Lisboa, o aumento foi de 3,4% para 1.032 euros, abaixo da média nacional. Já no Algarve foi de 3,3% para 837 euros. A subida menos acentuada observou-se no Alentejo, onde o salário médio aumentou 1,8% para 838 euros líquidos mensais.

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