Selina, o hotel-comunidade, chegou ao Porto. Lisboa e Ericeira abrem já no próximo ano
Criado em 2015, empresa quer crescer também em Portugal, a primeira localização do grupo internacional na Europa. Depois do Porto, seguem-se outras cidades. Investimento será superior a 250 milhões.
Nos números 61-65 da rua das Oliveiras, no Porto, pode viver, trabalhar e ir a eventos — com direito a pessoas novas todos os dias –, e sem sair de “casa”. Tudo graças à Selina, projeto internacional de “destinos boutique” recém-instalado na cidade.
A ideia nasceu em 2007. Enquanto viviam em Pedasi, uma cidade piscatória no Panamá, os cofundadores Rafael Museri e Daniel Rudasevski, começaram a dar os primeiros passos num empreendimento imobiliário que concentrava cafés, restaurantes, wine bars, padarias e um Boutique Hotel. “Conseguiram colocar Pedasi no mapa como um ponto turístico importante e definir o conceito Selina, misturando uma variedade de conceitos de hospitalidade”, conta Jorge Azevedo. No entanto, a sua concretização só apareceu em 2015, com a primeira abertura da cadeia. Só que, além do projeto inicial, o conceito cresceu bem mais do que para um simples grupo hoteleiro. A Selina é uma comunidade.
“Foi construída para o nómada dos dias de hoje viver, trabalhar e explorar em qualquer parte do mundo, misturando alojamento projetado com espaços de trabalho, ofertas recreativas e experiências locais“, explica Jorge Azevedo. O espaço do Porto, explica, combina a componente social de um hostel com o conforto de um hotel boutique e as experiências de um retiro ou festival.
“A Selina adapta-se a todos os viajantes, com um ecossistema global de quartos, áreas comuns e espaços de coworking. A abordagem democrática de Selina para a acomodação faz com que todos, de qualquer fundo e orçamento, possam ter uma experiência única cercada por indivíduos com mentalidade semelhante“, detalha o responsável.
O espaço de estreia da Selina em Portugal foi inaugurado no Porto em outubro, num investimento de 10 milhões de euros: a casa conta com mais de 50 quartos e 190 camas, incluindo dormitórios com quatro, seis ou oito camas, e salas privadas de três categorias diferentes (Standard, Deluxe e Unique).
“A opção de iniciar a nossa expansão europeia em Portugal foi natural. O Porto é uma cidade cheia de vida, conhecida pela sua gastronomia, vinho, história, arquitetura, bem como habitantes hospitaleiros que sabem partilhar esse espírito com a nossa comunidade. Sentimos que se conecta profundamente com a nossa missão e marca. Queremos que os nossos hóspedes tenham uma uma imersão autêntica e completa com esta comunidade local”, esclarece Jorge Azevedo, da Selina Porto.
Só em Portugal, o grupo tem previsto investir mais de 250 milhões de euros planeando, depois do Porto, abrir espaços em Lisboa, Albufeira, Comporta, Ericeira, Peniche, Cascais e Lagos. Lisboa e Ericeira serão os primeiros, cuja abertura está prevista para o primeiro semestre de 2019.
Em 2022, a Selina quer ter cerca de 7.500 camas em Portugal e encontra-se atualmente em processo de exploração do mercado para encontrar espaços nas novas localizações. A expansão será feita em parceria com grupos imobiliários para adquirir mais de metade das propriedades.
A missão da Selina é possibilitar conexões autênticas, significativas e transformadoras com pessoas, lugares e comunidades por todo o mundo. A opção de iniciar a nossa expansão europeia em Portugal foi natural.
Só na América latina, o grupo conta com 24 hotéis mas o grupo quer expandir-se para a Europa através da Alemanha, Reino Unido e Grécia, tendo começado por Portugal. “De destinos urbanos a praia, montanha e selva, a Selina opera atualmente 30 propriedades em nove países da América — e mais de 1.500 funcionários — e a primeira na Europa no Porto, Portugal. Quanto ao planos de expansão, estão em andamento na América do Norte e em outros países da Europa”, esclarece Jorge Azevedo, ao ECO.
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Selina, o hotel-comunidade, chegou ao Porto. Lisboa e Ericeira abrem já no próximo ano
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