Liderança do Crédito Agrícola na mira do Banco de Portugal
O BdP pediu esclarecimentos sobre situações que podem ser suscetíveis de configurar irregularidades e conflitos de interesse por parte da instituição liderada por Licínio Pina, após queixas anónimas.
O Banco de Portugal (BdP) pediu ao conselho de administração executivo da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM) esclarecimentos detalhados sobre situações que podem ser suscetíveis de configurar irregularidades e conflitos de interesse. A notícia é adiantada pelo Público (acesso condicionado), neste sábado, estando em causa situações reportadas através de cartas anónimas.
O jornal dá conta de uma carta que saiu do BdP a 10 de dezembro, com registo de aviso de receção, em que o assunto a tratar são “denúncias anónimas contra a Caixa Central”, o banco do Grupo Crédito Agrícola. O supervisor comunica que a 30 de agosto recebeu as cartas anónimas do próprio supervisionado e que a 11 e a 30 de outubro também lhe chegaram de forma anónima.
O pedido de esclarecimentos ao CAE da CCCAM é, em parte, o cumprimento de uma mera formalidade, explica o Público, já que a lei impõe que o supervisor perante uma queixa, mesmo anónima, procure informar-se sobre o seu teor.
O ponto que mais chama a atenção na carta é o facto de o BdP refletir, a propósito de denúncias anónimas, a indicação: os membros do CAE da Caixa Central não podem desempenhar cargos de administração em nenhuma das 80 caixas agrícolas que estão espalhadas por todo o país, nomeadamente, pelas zonas rurais.
Na prática, avisa Licínio Pina de que não pode exercer em simultâneo a presidência do grupo Caixa Central e o cargo de administrador da Caixa de Crédito Agrícola da Serra da Estrela, região de onde o banqueiro é natural.
Entre várias outras questões destaque para duas. Uma delas relacionada com o arrendamento/venda do edifício Valmor, situado na Avenida da República, em Lisboa, a uma entidade do universo do antigo governador do BdP António Sousa que detém o fundo de capital de risco ECS.
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