É um Transformer? Não. É o Model X

Primeiro veio o Model S. E enquanto se aguarda a chegada do 3, a Tesla vai fazendo sucesso com o X. Um SUV elétrico que parece um Transformer.

Os Transformers fazem parte da infância de muitos que hoje têm idade suficiente para se sentarem ao volante de um qualquer automóvel. Faziam, e ainda fazem, furor, por toda a engenhoca envolvida no processo de transformação de carro potente para o de um super-herói. O Model X traz um “cheirinho” da ficção para a realidade com as portas traseiras que abrem de forma automática… para cima.

É um verdadeiro espetáculo. Elon Musk deu um quebra-cabeças aos engenheiros da Tesla que andaram muito tempo a tentar descobrir como pôs duas asas no modelo da fabricante norte-americana, mas eles conseguiram. E é impressionante ver como de forma tão suave o X abre as Falcon Wings para deixar entrar os passageiros do banco de trás. De cada vez que é preciso abrir ou fechar, não há cabeças que não rodem para assistir ao bater das asas do Model X.

São a imagem de marca deste gigante elétrico. Sim, gigante. Tal como o S, modelo em que assenta o X, o SUV da marca é extremamente comprido. Tanto que se torna, por vezes, difícil manobrá-lo, especialmente nos parques de estacionamento (mesmo com todas os sensores e câmaras que traz para ajudar). E, não parece, mas é bastante alto. Contudo, as linhas extremamente bem desenhadas disfarçam tudo isso, apresentando-se como um automóvel elegante, delicado, mas ao mesmo tempo imponente.

Um gigante por fora. E por dentro também

Estacionado num qualquer parqueamento percebe-se bem que o X é um muito maior do que muitos outros modelos no mercado. Mas todo esse tamanho — em boa parte explicado pela necessidade de ter espaço para albergar as baterias — é muito bem aproveitado lá dentro. Para entrar não é preciso fazer nada. O X abre a porta do condutor sempre que nos aproximamos dele, ajustando o ângulo ao espaço disponível. Depois é apreciar todos aqueles metros quadrados que rivalizam com muitos T0.

Grandes poltronas, com ajustes para tudo e mais alguma coisa, dão-nos as boas-vindas a bordo num habitáculo que impressiona pelo aspeto clean. Botões? Quase não existem. Há um volante e, claro, o ecrã de grandes dimensões colocado na vertical, tal e qual o do Model S — com todos os controlos do carro, navegação e Spotify. E basta um toque na alavanca que na maioria dos automóveis limpa o vidro para o X ganhar vida, começando a mover-se muito suavemente.

Que grande… bateria

Debaixo do capot… Bem, aí não há nada. Há mais uma bagageira para juntar à mala gigante na traseira, que esconde os dois lugares que fazem do X um sete lugares. Na base do X é que está o “motor”. É uma bateria de 100 kWh que proporciona uma autonomia de 565 quilómetros ao 100D. Em utilização real a autonomia não é tão grande, mas mesmo com uma condução despreocupada são mais de 400 quilómetros sem ter de “atestar”. E mesmo quando é preciso, no Supercharger da Tesla é rápido, muito rápido.

A resposta ao pé direito é instantânea quando se pede ao X para ganhar velocidade. É impressionante ver tamanha massa mover-se energicamente, deixando para trás quase todos os automóveis com que se cruza. É muita potência transmitida às quatro rodas à velocidade da luz, deixando-nos com as costas coladas ao banco. É uma sensação fantástica que, infelizmente, obriga a pagar cerca de 120 mil euros para se ter — mas é preciso ter em conta que vem com um chauffeur incluído: é capaz de condução totalmente autónoma.

Com o pé direito pronto para acelerar, nem nos lembramos que estamos ao volante de um SUV. É verdade que a posição de condução é mais elevada, mas a sensação transmitida pelo Tesla é a de um qualquer desportivo. Quando o terreno já não permite velocidades, o X sabe-o. E ajusta-se. Se quiser levá-lo para fora de estrada — tem tração às quatro rodas –, a suspensão eleva-o automaticamente. Sobe o suficiente para um qualquer estradão, embora as jantes de 21 polegadas não achem a aventura assim tão interessante.

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