Moção de censura do CDS é um “nado morto”, diz António Costa

O primeiro-ministro diz que a esquerda está "tranquila" com a moção apresentada pelo CDS, que vê como uma tentativa de o partido se "afirmar à direita".

A moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS-PP é um “nado morto” e serve apenas para o partido liderado por Assunção Cristas se “afirmar à direita”. É desta forma que o primeiro-ministro, António Costa, reage à iniciativa apresentada pelos democratas cristãos na sexta-feira, que foi, desde logo, rejeitada pelos partidos que compõem a maioria parlamentar.

“Essa moção de censura foi um nado morto. Imediatamente ficou esclarecido que não teria maioria parlamentar para ser aprovada e faz parte de uma certa disputa que hoje existe na nossa direita, para saber quem se destaca mais, se o CDS, se o PSD, se os partidos emergentes, como o Chega ou a Aliança. É uma questão mais entre a direita do que com o Governo”, resumiu António Costa, em declarações transmitidas pela RTP 3, à chegada à Convenção Nacional do PS que decorre, este fim de semana, em Gaia.

O primeiro-ministro admite que tem de “respeitar as iniciativas das oposições” mas considera que esta “não visava o Governo”, sendo antes o reflexo do “esforço que o CDS faz para se afirmar à direita”. Assim, António Costa não vê motivos para preocupação. “À esquerda estamos tranquilos e podemos continuar aquilo que importa, que é governar o país e resolver os problemas que afligem os portugueses em áreas como a saúde e a educação, bem como promover o emprego e o crescimento da economia”.

Questionado sobre se tem curiosidade sobre qual será a posição do PSD relativamente a esta moção de censura, depois de Rui Rio ter rejeitado revelar qual será o sentido de voto, António Costa afasta o assunto. “Não tenho curiosidade nenhuma, a minha curiosidade, hoje, é como é que vai correr a convenção, que será fundamental para afirmarmos Portugal na Europa e para termos uma aliança progressista à escala europeia”, afirmou.

Sobre a remodelação do Governo que está em curso, o primeiro-ministro disse apenas que há “um princípio claro” de que quem é candidato a eleições europeias — como deverá ser o caso do ministro Pedro Marques — “deve sair do Governo, para não haver confusões”. António Costa rejeita, contudo, revelar, para já, mais pormenores sobre esta remodelação. “A Presidência da República é a quem cabe anunciar as alterações. Esse anúncio será na data e hora que o Presidente da República fixar”.

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