Facebook vai mesmo deixar apagar histórico de navegação

A rede social tem sido criticada por má gestão de dados e falta de privacidade. Para dar resposta a essas críticas, o Facebook vai introduzir uma nova ferramenta, que permite apagar o histórico.

Sobretudo depois do escândalo da Cambridge Analytica, a vida do Facebook não tem sido fácil. Envolvida numa série de polémicas, a rede social liderada por Mark Zuckerberg tem sido alvo de várias críticas, especialmente no que toca à forma como gere os dados pessoais dos utilizadores, sendo acusado, várias vezes, de preocupar-se pouco com a questão da privacidade e da segurança.

O Facebook quer, agora, dar resposta a essas mesmas críticas. Segundo o El Economista (acesso pago), a rede social anunciou que, em breve, será possível eliminar parte do histórico dos utilizadores. De acordo com o diretor financeiro do Facebook, David Wehner, a ferramenta que faz com que os utilizadores consigam apagar parte do seu histórico de navegação deverá ser incluída na plataforma ainda este ano.

Tanto Zuckerberg como o diretor de privacidade do Facebook, Erin Egan, consideram que a introdução desta nova funcionalidade — o clear history — é “uma iniciativa que atende às exigências de usuários, especialistas e reguladores”.

Mas serão os utilizadores a decidir se querem acionar ou não o botão para apagar o histórico, ainda que só algumas informações sejam “eliminadas”. O CEO do Facebook alerta, ainda, para a possibilidade de que a experiência do utilizador na rede social saia prejudicada.

“Limpar as cookies no navegador de busca pode piorar a experiência [na web]. O utilizador pode ter de entrar novamente em todos os sites e pode ter de reconfigurar algumas coisas. O mesmo acontecerá aqui, [uma vez que] o seu Facebook não será tão bom se estiver a reaprender as suas preferências”, explicou Zuckerberg.

E há mais consequências. Também o próprio Facebook pode sair prejudicado com esta decisão, uma vez que o seu negócio consiste, precisamente, na venda de espaços publicitários “à medida”, ou seja, ajustados às preferências de cada pessoa. Até aqui, para fazer esse ajuste — que resulta de um conjunto de informação detalhada de cada utilizador — a rede liderada por Mark Zuckerberg recorria, justamente, ao histórico de navegação e ao registo de atividades de cada pessoa.

Desde maio do ano passado que se sabia da intenção do Facebook em lançar esta ferramenta.

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