“Aceito todas as auditorias que sejam necessárias”, diz António Ramalho

  • ECO
  • 28 Março 2019

O presidente do Novo Banco diz que todas as auditorias são bem-vindas e que se trata de um "banco sustentável".

Para o presidente do Novo Banco, todas as auditorias às vendas do Novo Banco são bem-vindas, uma vez que os acionistas não podem comprar ativos ou fazer contratos com a instituição. Em entrevista à Sic, António Ramalho disse que recuperou 1.500 milhões de euros em créditos problemáticos, números que, nas suas palavras, “são reais e não são conversa”.

“Todas as auditorias que sejam necessárias”, afirmou o presidente do Novo Banco, quando questionado se aceitaria uma auditoria às vendas dos ativos que estão a ser vendidos abaixo do valor que consta no balanço e ao momento atual da vida do banco. “O contrato proíbe terminantemente que algum acionista, seja ele qual for, possa comprar ativos do banco ou possa fazer contratos com o banco”, explicou.

Sobre os 44 créditos mais problemáticos da instituição bancária, António Ramalho apresentou números que, segundo disse, “são reais e não são conversa”. “Em junho de 2016, eu tinha no meu balanço 4.250 milhões de euros de crédito vencido. Neste momento tem 2.658 milhões, recuperámos 1.500 milhões: 1.000 milhões em cash, 400 milhões em dação de imóveis e só 300 milhões com imparidades”, detalhou.

Dois anos antes, em 2014, “quando o banco tinha uma exposição líquida de 386 milhões de euros a clubes de futebol”, tendo neste momento “64 milhões”, o Novo Banco recuperou, neste montante, “um valor superior a 150 milhões de euros em cash”.

O presidente da instituição referiu-se ao Novo Banco como um “banco sustentável”, sendo esse o compromisso para com os clientes. “É para isso que nós solicitámos o apoio ao Estado e aos obrigacionistas, é para isso que temos um acionista que nos injetou um milhão de euros e é essa atividade que nós estamos a tentar desenvolver e a tentar colocar no mercado em termos do serviço que prestamos”, rematou.

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