WhatsApp detecta falha que permite instalar software espião. E recomenda atualização

Empresa detida pelo Facebook suspeita que uma empresa israelita terá desenvolvido um software que permite controlar telemóveis que usem o WhatsApp.

A rede social WhatsApp está a recomendar aos utilizadores que atualizem a aplicação nos seus telemóveis. A recomendação surge depois de ser detetada a criação de um spyware que poderia entrar no telefone de qualquer pessoa que utilize a aplicação detida pelo Facebook.

O WhatsApp, que confirmou em comunicado a informação que avançada pelo Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês) e pelo New York Times, sugere aos mais de 1.500 milhões de utilizadores “que atualizem a aplicação”, bem como o sistema operativo – iOS ou Android – dos seus telefones.

A empresa diz desconhecer quantas pessoas possam ter sido afetadas por esta falha de segurança, nem durante quanto tempo esteve em ação, mas garante que as vítimas parecem ter sido escolhidas “de forma específica”, o que indica que não se trataria de um ataque em grande escala.

Ainda de acordo com o WhatsApp, o spyware “é semelhante” à tecnologia desenvolvida pela empresa de cibersegurança israelita NSO Group, o que leva a subsidiária do Facebook a suspeitar que a mesma possa estar por trás do programa de espionagem.

Como funciona?

O WhatsApp explica que os hackers tinham acesso aos dados dos telefones por via de uma chamada falsa realizada através da aplicação, e que permitia instalar o spyware, mesmo que os utilizadores não atendessem a chamada, acedendo ao microfone, câmara, contactos e mensagens.

De acordo com a empresa, entre os alvos estarão organização de direitos humanos, que já foram informadas do sucedido. O Whatsapp informou ainda empresas de cibersegurança e o Departamento de Justiça norte-americano.

De acordo com o Financial Times, o spyware terá sido desenvolvido tendo como alvo específico um advogado sedeado em Londres, cujo o nome não é divulgado, mas que estará atualmente a agir judicialmente contra a NSO. Já segundo o The New York Times (acesso pago, conteúdo em inglês), alguns dos clientes do referido advogado seriam igualmente alvos diretos do spyware da NSO, incluindo um coletivo de jornalistas e ativistas mexicanos, um cidadão do Qatar ou ainda Omar Abdulaziz, ativista saudita exilado no Quebeque, Canadá.

(Notícia atualizada às 8:55)

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