Lucro da Euronext cede para 56,1 milhões, apesar da bolsa de Dublin ter puxado pelas receitas

Entradas em bolsa ajudaram contas da gestora do índice acionista português: receitas de 'listing' subiram 28,1% para 28 milhões. Em sentido contrário, operações não recorrentes dispararam 227,8%.

O grupo Euronext lucrou 56,1 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. O resultado líquido da gestora de índices acionistas, incluindo a bolsa de Lisboa, recuou 6,6% face a igual período de 2018. Apesar de a integração da bolsa de Dublin ter puxado pelas receitas, o disparo de 227,8% (para 3,3 milhões) nas operações não recorrentes penalizou as contas entre janeiro e março.

“No primeiro trimestre de 2019, as receitas do grupo Euronext cresceram graças a uma bem-sucedida aquisição e à estratégia de diversificação das receitas, apesar do ambiente de volumes reduzidos”, afirmou Stéphane Boujnah, CEO e chairman da Euronext, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As receitas cresceram 1,4% para 152,6 milhões de euros, para as quais a Euronext Dublin contribuiu com 7,9 milhões e o novo serviço para investidores Commcise com 1,1 milhões. Também as entradas em bolsa ajudaram às contas da empresa responsável por mais de 1.300 cotadas: as receitas de listing aumentaram 28,1% para 28 milhões. Em sentido contrário, as receitas de trading recuaram 9,8% para 64,5 milhões de euros.

Apesar de a bolsa de Dublin e o Commcise terem ajudado às receitas, a consolidação dos novos segmentos teve custos. “As despesas operacionais excluindo depreciações e amortizações aumentaram 8,2% para 63,3 milhões de euros, principalmente devido à consolidação da Euronext Dublin e do Commcise”, refere o relatório. O EBIDTA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 3% para 89,3 milhões de euros.

A Euronext gere atualmente seis mercados financeiros, em Lisboa, Paris, Amesterdão, Bruxelas, Londres (mercado de derivados) e Irlanda. Prepara-se para entrar num novo mercado com a aquisição da bolsa de Oslo. Na segunda-feira, a empresa recebeu luz verde do ministério das Finanças da Noruega, sendo que este era o requisito regulamentar que faltava para que fosse fechado o negócio.

A Euronext espera receber a aprovação final dos seus acionistas na assembleia geral que terá lugar esta quinta-feira. A empresa liderada por Boujnah antecipa que o negócio fique fechado até ao final de junho, reafirmou na apresentação de resultados, em que definiu como objetivo “continuar a expansão geográfico e diversificação de receitas”. Acrescentou que pretende expandir o negócio cambial na Ásia, com a abertura de um escritório em Singapura, no último trimestre de 2019.

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