Imposto sobre o retalho na Polónia afunda Jerónimo Martins. Ações caem mais de 5%

Varsóvia ganhou a contestação judicial contra a Comissão Europeia sobre um imposto ao retalho que Bruxelas tinha considerado ilegal. Retalhistas deverão entregar ao Estado 466 milhões de euros ao ano.

O Governo polaco tem luz verde para aplicar um novo imposto sobre o retalho. A decisão do Tribunal Europeu de Justiça conhecida esta quinta-feira põe fim à suspensão pedida pela Comissão Europeia e está a penalizar as ações do setor em bolsa. A portuguesa Jerónimo Martins, dona da cadeia Biedronka na Polónia, não é exceção.

Varsóvia ganhou a contestação contra a Comissão Europeia sobre o imposto ao retalho que Bruxelas tinha considerado ilegal. O Tribunal europeu permitiu ao Governo que aplica uma nova taxa que deverá aumentar as receitas orçamentárias do Estado polaco em cerca de dois mil milhões de zlotys (equivalente a cerca de 466 milhões de euros) por ano.

O objetivo deste imposto é apoiar o comércio local contra a competição das gigantes do setor, principalmente cadeias estrangeiras. O tribunal considerou que o aumento progressivo da carga fiscal não “implica a existência de uma vantagem seletiva”.

Os grandes grupos de retalho que operam no país estão a ser as maiores penalizadas pela decisão do Tribunal. A Jerónimo Martins afunda 5,30% na bolsa de Lisboa para 12,98 euros por ação. Os investidores na empresa liderada por Pedro Soares dos Santos estão focar-se na decisão, ignorando a melhoria do preço-alvo pelo banco de investimento UBS (para 16 euros, dos anteriores 15 euros por ação).

Jerónimo Martins afunda em bolsa

Além da Jerónimo Martins, também a Dino Polska (que tomba 8%), a LPP (que perde 3,36%) e a CCC (que cede 0,73%) estão entre as retalhistas que seguem em baixa. “É negativo para as retalhistas, mas o novo imposto poderá só aplicado apenas em 2020″ porque ainda poderá ser pedido um recurso da decisão, lembrou Krzysztof Kawa, analista da Ipopema Securities, numa nota citada pela Bloomberg.

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