Brexit: Trabalhistas e conservadores terminam negociações sem acordo

Theresa May e Jeremy Corbyn vão, agora, apresentar uma série de opções aos deputados britânicos, com vista em alcançar o consenso e, tentar finalmente, fazer avanços.

Ainda não foi desta que Theresa May e Jeremy Corbyn chegaram a um acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. As negociações entre trabalhistas e conservadores chegaram ao fim, esta sexta-feira, não tendo sido possível chegar a um consenso. Numa carta enviada aos deputados trabalhistas citada pela BBC News, Corbyn atribui mais este insucesso à crescente “fraqueza e instabilidade” do Executivo Tory e diz que as conversações foram “o mais longe que podiam ter ido”. De Downing Street, ainda não há uma reação.

Face a este resultado, o próximo passo será dado pela primeira-ministra britânica e pelo líder trabalhista, que vão apresentar uma série de opções aos deputados britânicos, com o objetivo de tentar encontrar um consenso parlamentar e conseguir, finalmente, fazer alguns avanços nas negociações. Tudo isto depois do prazo para o divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia ter sido alargado para o dia 31 de outubro, face aos chumbos consecutivos dos termos negociados entre Londres e Bruxelas.

Ainda sem acordo à vista, Theresa May já garantiu que irá fixar uma data para sair da liderança do Executivo Tory, após a próxima votação parlamentar sobre os termos do Brexit, que está marcada para junho. Assim que a primeira-ministra britânica deixe esse cargo, Boris Johnson deverá avançar, confirmou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, na quinta-feira.

Num discurso numa conferência em Manchester, citado pela Bloomberg, o antigo governante sublinhou que o lugar em causa não está, atualmente, disponível, mas frisou que, quando estiver, estará interessado em disputar a liderança dos conservadores, entrando na corrida para substituir Theresa May.

Na carta enviada aos deputados, Jeremy Corbyn considera que este processo de escolha de um novo líder conservador trouxe “instabilidade” ao Governo de Theresa May e provocou a “erosão” da sua autoridade. As negociações foram “detalhadas” e “construtivas”, mas “fomos incapazes de fazer a ponte em fossos políticos importantes entre nós”, disse também o líder parlamentar.

Corbyn frisou ainda que o seu partido irá considerar as propostas, mas deixou claro que, “sem mudanças significativas”, o sentido de voto dos trabalhistas manter-se-á.

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