Com juros em mínimos históricos, Tesouro vai ao mercado emitir dívida a 10 e 15 anos
O IGCP anunciou esta sexta-feira um leilão duplo de obrigações. Pretende colocar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros na próxima quarta-feira.
O Tesouro vai voltar ao mercado de dívida, numa altura em que os juros renovam mínimos históricos. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou que vai realizar um leilão duplo de obrigações do Tesouro (OT) com maturidade dentro de 10 e 15 anos.
“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 12 de junho pelas 10h30 dois leilões das OT com maturidade em 15 de junho de 2029 e 18 de abril de 2034, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros“, anunciou a agência liderada por Cristina Casalinho em comunicado.
A yield da dívida portuguesa a 10 anos negoceia, em mercado secundário, em 0,66%, tendo já tocado esta sexta-feira no mínimo histórico de 0,64%. O último leilão de títulos com este prazo aconteceu em maio e Portugal conseguiu também o juro mais baixo de sempre: 1,059%.
Nessa colocação, o IGCP emitiu 800 milhões de euros em OT a 10 anos com uma procura 1,88 vezes superior à oferta. Já no caso do último leilão de dívida a 15 anos (realizado na mesma data), o Tesouro emitiu 450 milhões de euros, a uma taxa de juro de 1,563% e uma procura 1,9 vezes maior que a oferta.
Juro da dívida não para de cair desde o início do ano
(Fonte: Reuters)
O jornalismo continua por aqui. Contribua
Sem informação não há economia. É o acesso às notícias que permite a decisão informada dos agentes económicos, das empresas, das famílias, dos particulares. E isso só pode ser garantido com uma comunicação social independente e que escrutina as decisões dos poderes. De todos os poderes, o político, o económico, o social, o Governo, a administração pública, os reguladores, as empresas, e os poderes que se escondem e têm também muita influência no que se decide.
O país vai entrar outra vez num confinamento geral que pode significar menos informação, mais opacidade, menos transparência, tudo debaixo do argumento do estado de emergência e da pandemia. Mas ao mesmo tempo é o momento em que os decisores precisam de fazer escolhas num quadro de incerteza.
Aqui, no ECO, vamos continuar 'desconfinados'. Com todos os cuidados, claro, mas a cumprir a nossa função, e missão. A informar os empresários e gestores, os micro-empresários, os gerentes e trabalhadores independentes, os trabalhadores do setor privado e os funcionários públicos, os estudantes e empreendedores. A informar todos os que são nossos leitores e os que ainda não são. Mas vão ser.
Em breve, o ECO vai avançar com uma campanha de subscrições Premium, para aceder a todas as notícias, opinião, entrevistas, reportagens, especiais e as newsletters disponíveis apenas para assinantes. Queremos contar consigo como assinante, é também um apoio ao jornalismo económico independente.
Queremos viver do investimento dos nossos leitores, não de subsídios do Estado. Enquanto não tem a possibilidade de assinar o ECO, faça a sua contribuição.
De que forma pode contribuir? Na homepage do ECO, em desktop, tem um botão de acesso à página de contribuições no canto superior direito. Se aceder ao site em mobile, abra a 'bolacha' e tem acesso imediato ao botão 'Contribua'. Ou no fim de cada notícia tem uma caixa com os passos a seguir. Contribuições de 5€, 10€, 20€ ou 50€ ou um valor à sua escolha a partir de 100 euros. É seguro, é simples e é rápido. A sua contribuição é bem-vinda.
Obrigado,
António Costa
Publisher do ECO
Comentários ({{ total }})
Com juros em mínimos históricos, Tesouro vai ao mercado emitir dívida a 10 e 15 anos
{{ noCommentsLabel }}