Portugal é “moderadamente inovador”. Europa supera EUA pela primeira vez

Portugal tornou-se mais inovador em 2018, mas ainda não saiu do grupo dos Estados-membros com inovação moderada. Já a inovação europeia conseguiu ultrapassar os EUA.

No campeonato da inovação, Portugal é considerado um país “moderadamente inovador”. Recuando a 2011, o país conseguia, também, exatamente esse título. A conclusão é do “European innovation scoreboard 2019”, relativo a 2018 e publicado esta segunda-feira pela Comissão Europeia.

Apesar de Portugal continuar abaixo da média europeia, registou entre 2011 e 2018 alguns progressos no campo da inovação, o que permitiu ao país chegar, no ano passado, ao valor mais elevado que registou nos últimos anos. Em 2011, Portugal registava 85,0 pontos e, em 2018, conseguiu alcançar os 97,6 pontos.

A potenciar este crescimento esteve, sobretudo, o bom desempenho das pequenas e médias empresas (PME). A inovação registada dentro das PME é um dos pontos positivos da performance portuguesa, a par da elevada penetração de banda larga e, também, das inovações mais sustentáveis.

Por outro lado, apontadas como as dimensões nacionais mais fracas, estão o baixo número de patentes registadas, a publicação de investigação desenvolvida entre entidades públicas e privadas e, ainda, a exportação de serviços.

União Europeia ultrapassa EUA, mas perde terreno para Japão

Portugal continua, assim, ainda longe de alcançar o desempenho dos países europeus mais inovadores. No pódio da inovação está a Suécia, seguida da Finlândia e da Dinamarca. Contudo, entrando na análise de indicadores mais específicos, a Dinamarca lidera a temática dos recursos humanos e das condições propícias à inovação, enquanto a Alemanha é apontada como líder dos investimentos das empresas. Já nas vendas, o destaque vai para a Irlanda.

Alargando a análise à UE, o painel de inovação concluiu que, desde 2011, o desempenho médio da inovação na União Europeia aumentou 8,8 pontos percentuais e tem vindo a melhorar há quatro anos consecutivos. Este crescimento foi suficiente para, em 2018, a Europa ultrapassar os Estados Unidos da América (EUA) pela primeira vez.

Mas, se por um lado, os Estados Unidos ficaram para trás, por outro, houve quem ganhasse terreno em relação à Europa. É o caso do Japão e, também, da Coreia do Sul. Já a China está a aproximar-se, cada vez mais, da União Europeia, crescendo três vezes mais rápido do que a UE.

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