“Buraco” de 2,6 milhões nas contas do Autódromo do Estoril está a ser investigado
Nas contas de 2010 e 2011 do Autódromo do Estoril, estão contabilizados 2,6 milhões de euros em subsídios e patrocínios da Câmara de Cascais e do Instituto do Desporto, mas a verba não foi paga.
Nas contas do Autódromo do Estoril de 2010 e 2011, estão registados subsídios da Câmara de Cascais e do Instituto do Desporto, mas a verba nunca foi paga. O “buraco” de mais de 2,6 milhões de euros foi detetado no âmbito da investigação do Ministério Público ao negócio que envolveu a realização da Moto GP 2012 no autódromo em causa, avança o Público (acesso condicionado), este domingo.
Notado este desfasamento de milhões nas contas, os investigadores querem agora perceber porque foram esses 2,6 milhões inicialmente contabilizados, quem os contabilizou e se houve intenção de falsear as contas para possibilitar a realização do Moto GP 2012.
A suspeita, lembra o jornal, foi levantada por uma das testemunhas no processo ligadas à gestão financeira do Circuito Estoril (detida a 100% pelo Estado através da Parpública), que salientou que o evento nunca devia ter sido realizado porque já havia um buraco de três milhões de euros.
De acordo com essa testemunha os subsídios da Câmara de Cascais e do Instituto do Deporto foram contabilizados oficialmente nas contas de 2010 e 2011, mas nenhuma dessas entidades terá pago essas verbas. Fontes de ambas as partes confirmaram ao Público que os subsídios e os patrocínios não mesmo foram concedidos.
De notar que, uma vez descoberto o buraco, o que aconteceu em 2013 (já depois do Moto GP se ter realizado), a CE terá corrigido o relatório e contas do ano anterior. Este caso está a ser investigado pelo Ministério Público desde 2016, estando em causa suspeitas de fraude e evasão fiscal.
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