Petrolíferas podem perder mais de 500 euros por cada carro elétrico vendido

  • Lusa
  • 12 Julho 2019

Estudo do Bank of America Merrill Lynch diz que, em sentido contrário, a indústria elétrica iria obter uma subida de mais de 479 euros nas receitas por cada veículo elétrico vendido.

A transição para o carro elétrico poderia significar uma perda de mais de 500 euros para as petrolíferas por cada carro elétrico vendido, conclui um relatório do Bank of America Merrill Lynch (BofAML) hoje divulgado.

Segundo o relatório do BofAML, citado pela EFE, este valor inclui também o montante que o Estado deixaria de receber pela venda de gasóleo.

No sentido contrário, pode ler-se no mesmo documento que, com esta transição, a indústria elétrica iria obter uma subida de mais de 479 euros nas receitas por cada veículo elétrico vendido.

Um dos setores que também iria ganhar é o segurador, já que o relatório antecipa um lucro superior a 267 euros por unidade na troca de um carro a combustão por um elétrico.

No caso dos fabricantes de baterias elétricas teriam um lucro de 100 euros por veículo, acrescenta.

Os analistas do BofAML referem ainda que, ao longo dos próximos anos, as grandes empresas petrolíferas vão apostar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono.

De acordo com o estudo, durante os próximos anos, as grandes companhias petrolíferas vão se concentrar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono.

O estudo sublinha que, apesar das perdas que a mudança para o carro elétrico acarreta, as petrolíferas poderiam substituir 90% das receitas de combustível que perderiam se passassem a fornecer eletricidade para estes carros.

O relatório do BofAML realça que as novas energias representam entre 3% e 9% dos orçamentos das grandes empresas do setor e os ativos ligados à eletricidade excedem o petróleo convencional.

Segundo o estudo, a redução na utilização de postos de abastecimento, em resultado da mudança de mentalidade dos consumidores, é diretamente proporcional ao aumento de pontos de recarga de carros elétricos, considerando que este facto é particularmente “crítico” para as petrolíferas.

O BofAML acrescenta ainda que, apesar de o carregamento rápido dos carros elétricos ser mais lento do que reabastecer um veículo movido a gasolina, é cada vez mais comum carregar um veículo destes nas estações de serviço e até mesmo em casa, já que se economiza cerca de 25% com os custos anuais do seu funcionamento.

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