BCP cai 2% e arrasta Lisboa. Guerra comercial pressiona ações europeias

BCP pressionou o índice português que acabou por acompanhar os pares europeus que cederam aos receios sobre a guerra comercial.

A bolsa nacional encerrou no vermelho pela segunda sessão consecutiva. O PSI-20 recuou mais de 0,5%, com a queda de 2% do BCP a pressionar o índice português que acabou por acompanhar os pares europeus que cederam aos receios sobre a guerra comercial.

O PSI-20 desvalorizou 0,6%, para os 5.222,59 pontos, com 14 títulos em queda, um inalterado (F. Ramada) e três em alta. Já o índice europeu Stoxx 600 recuou 0,2%.

O sentimento dos investidores europeus voltou a acusar os receios relativamente a um eventual prolongamento da guerra comercial entre os EUA e a China e aos efeitos que tal pode ter. Na terça-feira, Donald Trump veio afirmar que os EUA poderão impor mais taxas aduaneiras à importação de 325 mil milhões de dólares em produtos chineses.

Por Lisboa, o BCP foi o título que mais pressão exerceu sobre o PSI-20. As suas ações desvalorizaram 2,17%, para os 28,01 cêntimos, encabeçando as perdas do índice de referência da bolsa nacional.

A quebra do título acontece no dia em que jornais em Angola avançaram com a informação de que a petrolífera estatal está prestes a fechar o plano de desinvestimento no setor financeiro, estratégia através da qual vai alienar participações em vários bancos angolanos e também no BCP. Mas fonte oficial da companhia angolana negou ao ECO que esteja em curso qualquer veda de posição no banco português.

O BCP apresenta contas do semestre no próximo dia 29 de julho. Os analistas do BPI/CaixaBank antecipam um aumento de 12% dos lucros para 169 milhões de euros.

Entre as maiores quedas do PSI-20, destaque ainda para a Mota-Engil que viu os seus títulos deslizarem 1,87%, para 1,889 euros. Rumo semelhante tiveram as papeleiras: as ações da Altri desvalorizaram 1,42% para os 5,92 euros, enquanto as da Navigator perderam 1%, para os 3,126 euros.

A impedir perdas mais acentuadas esteve o universo EDP. As ações da empresa liderada por António Mexia avançaram 0,5%, para os 3,387 euros, enquanto as da participada liderada por Manso Neto — EDP Renováveis — somaram 0,22%, para os 9,22 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

BCP cai 2% e arrasta Lisboa. Guerra comercial pressiona ações europeias

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião