Juro da Grécia cai pela primeira vez abaixo de 2%. Yields da Zona Euro afundam

País beneficia da expetativa de estímulos adicionais à Zona Euro após a reunião do BCE, esta quinta-feira, bem como do novo plano para a economia grega apresentado pelo Governo.

A Grécia está a reconquistar a confiança dos investidores. O juro da dívida grega a dez anos caiu, esta quarta-feira, pela primeira vez abaixo de 2%, a beneficiar do plano económico do recém-eleito primeiro-ministro e da política expansionista do Banco Central Europeu (BCE).

O novo primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis do partido conservador Nova Democracia, anunciou intenções de reanimar a economia grega através de estímulos ao consumo com cortes nos impostos. No sábado, o político apresentou o plano económico a quatro anos e na segunda-feira fez o primeiro discurso no Parlamento, após a eleição no início do mês.

Os mercados aplaudiram a eleição, vista como mais segura para o país do que a liderança de Alexis Tsipras. Os juros da dívida aprofundaram, assim, a tendência de queda que se tem vindo a verificar desde a saída do país do programa de ajustamento financeiro. Depois terem começado o ano acima de 4%, os juros tombaram até aos 1,99% que tocaram esta quarta-feira.

Além da situação específica do país, a Grécia tem também beneficiado da rede de segurança do BCE. A instituição ainda liderada por Mario Draghi tem levado a cabo, desde 2015, um programa de aquisição de ativos, que tem permitido aos países financiarem com custos mais baixos. No final do ano passado, terminou a compra líquida de dívida, dando lugar a um esquema de reinvestimentos dos montantes que atingem as maturidades.

No entanto, o italiano já disse que, se a situação económica não melhorar, o BCE poderá lançar estímulos adicionais à economia. Os primeiros sinais (ou até mesmo um anúncio) poderão chegar já esta quinta-feira, após a reunião de política monetária do BCE.

À espera do final do encontro, as yields tem caído de forma expressiva. O juro das Bunds alemãs a 10 anos caíram para -0,372%, o valor mais baixo em duas semanas. No caso de Itália, o juro dos títulos com a mesma maturidade atingiu mínimos de 33 semanas, nos 1,504%. Portugal, cujas yields tocaram um mínimo histórico de 0,28% no início do mês, tem um juro de 0,42%.

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