Sindicato independente: “Vamos impugnar judicialmente estes serviços mínimos”

Sindicato independente diz que serviços mínimos impostos pelo Governo significam que "cada dia de greve será um dia normal de trabalho" e anunciam que vão impugnar judicialmente decisão.

O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) vai tentar impugnar judicialmente os serviços mínimos agora decretados pelo Governo para a paralisação de motoristas de 12 de agosto, avançou Anacleto Rodrigues ao ECO.

“Vamos impugnar judicialmente estes serviços mínimos, para os travar. Isto são serviços máximos, significam que a greve não será mais do que um dia normal de trabalho”, considerou o dirigente do SIMM. “O Governo ao dar este passo coloca em causa o direito à greve, que está consagrado na Constituição da República Portuguesa.”

O Executivo anunciou esta quarta-feira que, na greve convocada para começar a 12 de agosto, os motoristas dos sindicatos independentes terão de assegurar entre 50% e 75% de serviços mínimos, dependendo do tipo de mercadorias em questão, além de 100% de serviços essenciais. O grau elevado de “mínimos” decidido pelo Executivo justifica-se pelo facto da paralisação ter sido decretada “por tempo indeterminado” e pelos vários impactos que a greve pode representar para a economia nacional, justificou Vieira da Silva, ministro do Trabalho

No entender do SIMM, a imposição de serviços mínimos tão elevados vem também extirpar “mais um direito” aos motoristas, isto quando estes já são poucos. “Tínhamos o direito à greve e a ter um salário… e agora tiram-nos mais um”, apontou Anacleto Rodrigues. “Estes serviços mínimos não são para proteger os cidadãos”, acusou. “O que o Estado fez foi para proteger os interesses económicos de alguns grandes grupos económicos.”

O SIMM deverá reunir esta quinta-feira para avançar para os tribunais.

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