ANTRAM pede requisição civil “urgente” por incumprimento dos serviços mínimos

  • Lusa
  • 12 Agosto 2019

"Em Sines, os serviços mínimos estão a ser incumpridos a 100%, no Aeroporto de Lisboa deveriam estar a 100% e estão a 25%", acusa a ANTRAM.

A ANTRAM acusou os sindicatos de não estarem a cumprir os serviços mínimos na greve de motoristas e pede uma requisição civil “urgente”, disse esta segunda-feira o advogado André Matias de Almeida à Lusa.

“Em Sines, os serviços mínimos estão a ser incumpridos a 100%, no Aeroporto de Lisboa deveriam estar a 100% e estão a 25%, na Petrogal, por exemplo, deveriam ter sido feitas 225 cargas e foram 48”, refere o comunicado enviado pela Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) à agência Lusa.

Segundo o representante legal da Antram, “tudo corria normalmente até às declarações públicas” do representante do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, nesta manhã.

A Antram adianta ainda que há motoristas que “abandonaram as empresas para se juntarem a Pedro Pardal Henriques e há empresas que não têm ninguém para fazer os serviços mínimos hoje à tarde”.

Esta segunda-feira de manhã, o advogado do SNMMP, Pedro Pardal Henriques disse que os motoristas de matérias perigosas iam deixar de cumprir os serviços mínimos. Pardal Henriques acusou o Governo e as empresas de não estarem a respeitar o direito à greve.

“Os trabalhadores estão a ser subornados. Há polícia e Exército a escoltar os camiões. Não foi o sindicato que quebrou os serviços mínimos, mas sim as empresas e o Governo que violaram o direito à greve“, disse.

Por sua vez, o presidente do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) reiterou que, tal como já tinham anunciado, “os serviços mínimos vão ser cumpridos” pelos trabalhadores afetos àquele sindicato.

Mais tarde, o primeiro-ministro, António Costa, destacou que a greve dos motoristas estava a decorrer com normalidade, estando a ser cumpridos os serviços mínimos, e descartou haver necessidade, para já, de decretar a requisição civil. “Os serviços mínimos estão a ser assegurados, está tudo dentro da normalidade”, afirmou o primeiro-ministro à saída de um ‘briefing’ com a Proteção Civil.

Os motoristas cumprem esta segunda-feira o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A greve foi convocada pelo SNMMP e pelo SIMM, tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica “medidas excecionais” para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

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