AXA considera os veículos elétricos mais perigosos
Estudos da seguradora francesa dão primeiras indicações de maior risco de acidente com carros elétricos que com convencionais mas, pela ausência de história estatística, não há certezas.
O segmento de carros de luxo e os SUV com motor elétrico podem ter 40% mais possibilidades de causar acidentes do que os veículos equivalentes com motor a combustão interna, diz um estudo realizado pela AXA e citado pela Reuters.
No entanto, os números e factos, baseados nas tendências iniciais dos dados de sinistros com automóveis elétricos e ainda não estatisticamente significativos, permitem – segundo o departamento de pesquisa e prevenção de acidentes da AXA-, recolher alguns indícios:
- Uma das causas que leva a um relativo maior número com elétricos é o facto de os condutores ainda se estarem a habituar à rápida aceleração destes.
- Os carros elétricos não só aceleram mais rapidamente, como geram binário máximo desde a primeira rotação do motor, o que significa que os condutores podem ir mais rápido do que pretendiam.
- Também sugerem que carros elétricos pequenos são ligeiramente menos propensos a causar acidentes do que seus equivalentes com motor convencional.
- Em segmentos de luxo e SUV, verificam-se 40% a mais de acidentes com veículos elétricos, quando comparado com motores de combustão interna.
- Metade dos condutores de carros elétricos, em teste de terreno realizado pela AXA, precisou de ajustar sua condução para refletir as novas características de aceleração e travagem.
- Acidentes com automóveis elétricos são quase tão perigosos como em veículos convencionais.
- Os carros estão sujeitos aos mesmos testes e possuem as mesmas características de segurança passiva, como airbags e cintos de segurança.
- Outra pesquisa da AXA mostrou que a maioria das pessoas não sabe como reagir em cenário de acidente com veículos elétricos.
- Especificamente no caso dos veículos elétricos, as equipas de socorro devem tentar garantir que o motor seja desligado porque, ao contrário de um motor de combustão interna, o elétrico não faz barulho podendo parecer inativo.
- Em acidentes graves, observou a AXA, as baterias danificadas podem pegar fogo até 48 horas depois de um acidente, tornando mais difícil lidar com as consequências de uma colisão.
- Os estudos na Europa não confirmaram os estudos norte-americanos que indicam serem os veículos elétricos, porque silenciosos, dois terços mais propensos a causar acidentes com peões ou ciclistas.
- Os dados de acidentes levariam a concluir pelo aumento do custo de segurar veículos elétricos versus veículos padrão, mas a conclusão é que o carro e o condutor continuam a ser decisivos nessa análise, mais do que a energia que propulsiona o veículo.
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