Telmo Correia fora da corrida à liderança do CDS. Bancada passou a montra “de esquina”, diz
O CDS passou de "uma montra muito grande para uma montra reduzida, de esquina quase, muito pequena", disse Telmo Correia.
O deputado eleito Telmo Correia anunciou esta segunda-feira que não vai ser candidato à liderança do CDS e afirmou que a nova bancada parlamentar democrata-cristã passou a uma espécie de montra “de esquina”.
“Não sou, nem vou ser, candidato”, disse Telmo Correia, em resposta a uma pergunta dos jornalistas, em conferência de imprensa em Braga, distrito pelo qual foi eleito. O deputado reconheceu que o CDS teve, nas legislativas do passado dia 6, um resultado “muito mau”, com a eleição de apenas cinco deputados.
Sendo a bancada parlamentar a “montra” de um partido, afirmou, o CDS passou de “uma montra muito grande para uma montra reduzida, de esquina quase, muito pequena”. Nesse sentido, apelou ao partido para não se deixar “balcanizar” e não entrar “em discussões de acertos de contas”, considerando que a hora é de “unir”. “O tempo é para juntar com o bico e não para espalhar com as patas”, defendeu.
Em relação ao próximo líder do partido, Telmo Correia disse que não tem de ser “necessariamente” alguém que integre o grupo parlamentar. Como condição obrigatória, Telmo Correia apontou a necessidade de “articulação” com o grupo parlamentar. “Se o próximo líder quiser atacar o grupo parlamentar, será um desastre”, referiu.
O deputado eleito confessou ter a sua preferência para a liderança do partido, mas não a divulgou, por não querer “empurrar ninguém”. Em relação aos putativos candidatos, referiu: “há uns que espero que reflitam bem e outros que espero que não percam muito tempo a refletir”.
Telmo Correia foi eleito deputado pelo círculo de Braga, tendo admitido que o partido não conseguiu os seus objetivos no distrito, por ter perdido o segundo deputado. Em relação ao seu mandato, disse que a “proximidade” com o distrito será a palavra de ordem.
O CDS obteve nas legislativas 4,25% dos votos (216.454 votos), passando de 18 deputados na legislatura anterior para cinco deputados eleitos. Na sequência dos resultados, a presidente do partido, Assunção Cristas, assumiu a derrota e anunciou a saída da liderança.
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