Startup que criou lençóis antialérgicos vai lançar gama de roupa com extratos de algas. Objetivo é dormir melhor

Marialma, startup portuguesa, vai lançar uma gama de roupa para mulher produzida com extratos de algas que tem como objetivo trazer mais-valias à pele durante o sono.

A Marialma, startup portuense que ficou conhecida por fabricar roupa de cama antialérgica e antibacteriana à base de cânhamo, algas marinhas e zinco, vai comercializar, a partir da próxima segunda-feira, uma nova gama de roupa para dormir melhor — a “Loungewear”. As peças de roupa são produzidas a partir de extratos de algas e direcionadas para o público feminino.

A startup nasceu o ano passado, na cidade do Porto com a promessa de revolucionar a indústria do sono através do setor têxtil e tornar-se a melhor amiga da sua pele durante o sono. É através da utilização de fibras naturais como o cânhamo, algodão do egípcio e uma fibra à base de celulose proveniente da madeira do eucalipto – combinadas com componentes ativos tais como o óxido de zinco e algas marinhas — que a marca produz os seus próprios tecidos capazes de tornarem a roupa de cama num elemento antialérgico e antibacteriano.

Tendo em conta o know how adquirido, a Marialma lança-se numa nova aventura, roupa de mulher. Numa fase inicial foram criadas sete peças de roupa com estas propriedades, desde calças, calções e t-shirts. As peças estão disponíveis no site e podem rondar entre 70 e 90 euros. Segundo uma das fundadoras da marca, Ana Osório, “a Marialma nasceu com foco na indústria do sono e a ideia é que a loungewear seja um complemento da roupa de cama e uma forma de trazer uma mais-valia para o momento do sono”.

A roupa foi concebida para dormir, mas não é aquele aquele pijama clássico”. Ana Osório brinca e diz que se o cliente “sair à rua com essa roupa não vai fazer má figura”. Explica que “a roupa é direcionada para o público em geral apesar de ter sido identificado um público-alvo: as mulheres na menopausa e as grávidas”.

A Marialma tem como premissa principal a preocupação ambiental. Ana Osório explica ao ECO que todos os artigos que produzem são feitos através de fibras naturais. “As matérias-primas que usamos são 100% naturais e biodegradáveis. Desde os botões às embalagens, não usamos plásticos”, destaca.

Startup cria roupa de cama antialérgica à base de cânhamo, algas e zinco

O ADN da marca é a incorporação do valor acrescentado em todos os produtos que produzem com recurso à tecnologia. Na empresa 100% nacional são produzidos lençóis, fronhas para almofadas, capas de edredões e mais recentemente mantas. Um dos focos da marca é dar resposta aos consumidores que veem o seu sono afetado por diferentes distúrbios causados por alergias, problemas de pele, transpiração noturna, entre outros.

Estes compostos têm propriedades antialérgicas e antibacterianas que complementam tratamentos e cuidados com da pele, como a acne, a psoríase ou a dermatite atópica, ajudando também a reduzir odores, transpiração noturna, descamação e a sensação de pele seca ou irritada.

“Somos a única empresa portuguesa que incorpora as fibras com compostos ativos de cânhamo, algas e zinco em lençóis. E somos seguramente a única marca em Portugal a produzir lençóis de cânhamo”, destaca com orgulho Ana Osório. A roupa de cama está à venda no site da empresa e os preços podem variar entre 90 euros e 350 euros, tendo em conta a dimensão e o material em causa.

A roupa de cama é a maior aposta da startup que viu nos lençóis uma oportunidade de acrescentar uma mais-valia a um produto quotidiano. Ana Osório, explica que “o próprio lençol inibe a propagação das bactérias que provocam as comichões e aumentam o alastramento do prurido da pele. São lençóis mais frescos, ultra suaves que absorvam a humidade da pele com muito mais agilidade”. A gama de artigos da Marialma inclui, também, lençóis para recém-nascidos e crianças que tenham pele atópica.

Ana Osório faz questão de frisar que “os lençóis não têm propriedade curativas, mas são produtos cujo valor acrescentado pode complementar tratamentos ou mesmo dar uma atmosfera mais saudável na cama durante o sono”.

Relativamente a todo o processo explica que as algas são mais focadas na anti-oxidação da pele, que têm propriedades responsáveis por fazer perdurar o efeito da hidratação, sendo uma espécie de anti-aging.

O cânhamo tem vindo a ser uma aposta cada vez mais recorrente das marcas. Ana Osório explica ao ECO que “o cânhamo tem uma produção muito mais sustentável e, posteriormente, é uma fibra muito mais resistente, não envelhece, nem deforma e tem um toque mais macio, com características antialérgicas“. Por sua vez, o zinco é mais direcionado para pessoas que têm pele seca, pele atópica, eczemas e comichões, uma vez que tem características regeneradoras.

A startup foi Incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) e está ligada a uma causa social. Um por cento das vendas reverte para a Associação Encontrar+se, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que promove iniciativas de apoio à saúde mental.

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