Teodora Cardoso defende aumentos salariais diferenciados na Função Pública

  • ECO
  • 24 Novembro 2019

A ex-presidente do Conselho das Finanças Públicas diz que tem de ser feito um investimento nos recursos humanos do Estado, mas que os aumentos salariais não devem ser iguais para todos.

A economista Teodora Cardoso considera que os aumentos salariais não devem ser iguais para todos trabalhadores da Função Pública, e que deve haver “seletividade” na altura de tomar estas decisões. Numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, a ex-presidente do Conselho das Finanças Públicas diz que é possível negociar com a União Europeia esse aumento dos gastos de forma a não pesarem no défice, tem é de ser bem definido e acompanhado.

“Não é possível resolver sem aumento de custos, mas também não é aumento de custos para aumentar igualmente a toda a gente, tem que haver muito mais seletividade”, disse a também antiga administradora do Banco de Portugal.

Teodora Cardoso defende que também o fim do congelamento das progressões na carreira e da regra que limita a substituição de trabalhadores na Função Pública, que começou por ser de apenas uma entrada por cada dois funcionários que abandonavam as administrações públicas.

“Tem que haver progressões de carreiras que esquecemo-nos que congelámos há não sei quantos anos. Depois aquela célebre regra, que eu espere que acabe de vez, que é por cada três que saem entram dois, ou entra um, e depois entra o que calha. Isto não é possível de gerir”, defendeu.

Sobre o aumento de custos que estas medidas iriam gerar, a economista defendeu que, na sua experiência, é possível negociar com a União Europeia, mas que a forma de o fazer tem de ser diferente da prática que tem sido seguida. Na sua opinião, os governos não podem negociar o alívio das regras antes de dizerem no que querem gastar, e depois usar mal esse alívio.

“Esse negociar não é negociar nós precisamos mais não sei quanto para gastar em recursos humanos, é com um programa muito bem feito, muito bem definido, e depois muito bem acompanhado de como é que vamos gastar”, disse.

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