Portugueses querem UE a dar prioridade ao combate à pobreza e ao acesso à saúde

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2019

Segundo o Eurobarómetro, quase metade dos portugueses (44%) consideram que o “combate à pobreza e exclusão social” deveria ser a principal prioridade do PE, seguida do acesso à saúde (32%).

O combate à pobreza e exclusão social e a qualidade e acesso aos serviços de saúde devem ser as principais prioridades do Parlamento Europeu (PE) para quase metade (44%) dos portugueses, segundo um inquérito Eurobarómetro divulgado esta terça-feira.

Questionados sobre qual deve ser a prioridade do PE na sua ação legislativa, 44% dos portugueses apontam o “combate à pobreza e exclusão social” e a mesma percentagem de portugueses a “melhoria dos direitos dos consumidores e a qualidade e acesso aos serviços de saúde de todos os cidadãos”.

Diferentemente, a principal prioridade para 32% dos cidadãos europeus dos 28 Estados-membros deve ser o “combate às alterações climáticas e a preservação do ambiente, oceanos e biodiversidade”, área apontada apenas em quinto lugar pelos inquiridos portugueses (26%).

A terceira prioridade para os portugueses deve ser o “combate ao desemprego jovem e o empenho no pleno emprego em todos os países da União Europeia” (37%).

Em termos de valores a cuja defesa o PE deve dar prioridade, 44% dos portugueses apontam “a proteção dos direitos humanos no mundo”, apontado também em primeiro lugar por 48% dos cidadãos dos 28.

Para os portugueses, o segundo valor mais importante deve ser a “igualdade entre homens e mulheres”, apontada por 42%, a “solidariedade entre a UE e os países pobres”, por 30%, a “proteção das minorias” e a “solidariedade entre Estados-membros da UE”, apontadas ambas por 28% dos inquiridos em território nacional.

O estudo divulgado esta terça-feira mostra mais uma vez o apoio maioritário (59%) dos europeus à pertença do seu país à União Europeia (UE), com Portugal como sexto país mais “euroentusiasta”, com 72% dos inquiridos a afirmar ser bom pertencer à UE, 24% “nem bom nem mau” e 2% mau.

O maior apoio, no caso português, vem dos jovens entre os 25 e 39 anos (81%, que compara com uma média de 61% na UE) e das pessoas com uma escolaridade de 20 ou mais anos (84%).

Os portugueses dividem-se contudo quanto à imagem que têm do PE, com 49% a qualificá-la “completamente positiva” e 43% “neutral”, embora apenas 5% a afirmar que têm uma imagem “completamente negativa”.

Mais de dois terços (72%) afirmam contudo que o PE deve ter um papel mais importante, opinião expressa por 58% dos inquiridos nos 28 Estados-membros.

Quase metade (43%) dos inquiridos portugueses afirma ainda considerar que a sua voz conta na UE e mais de dois terços (72%) que a voz de Portugal conta na União.

Mais de 60% estão ainda satisfeitos com o funcionamento da democracia em Portugal (61%) e na UE (63%).

O Eurobarómetro foi feito com base em 1.007 entrevistas presenciais a portugueses, 27.607 no conjunto dos 28 Estados-membros da UE, realizadas entre 8 e 21 de outubro.

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