“Faltam pelo menos dois anos para Portugal ter rating A”, diz Cristina Casalinho
As sucessivas revisões em alta da notação financeira do país levaram o ministro das Finanças a antecipar um rating de A, mas a presidente do IGCP não está tão confiante. Diz que ainda deverá demorar.
A presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, Cristina Casalinho, não espera que o país atinja um rating de nível A no próximo ano. Em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago), Casalinho considera que há um reforço da confiança das agências na dívida pública nacional e que são de esperar revisões em alta, mas que poderão demorar.
“Quando Portugal tem neste momento as três principais agências de rating com perspetivas positivas, é legítimo acalentar expectativas de que essas perspetivas positivas vão ser materializadas em upgrades“, começou por dizer Casalinho, ao semanário, mas alertou estes “processos que demoram”.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou em outubro que a trajetória de recuperação e estabilização financeira não será interrompida e que o rating de Portugal pode em breve passar para níveis mais elevados. Nos últimos dois anos, a dívida pública deixou de ser classificada como investimento especulativo e foi subindo nas avaliações de rating.
Atualmente, está a um ou dois degraus (consoante a agência) do nível A, sendo que em 2019 já não há mais nenhuma avaliação marcada. E a expectativa de Cristina Casalinho é que este patamar também não seja alcançado, em 2020, pelo país junto de todas as agências de rating.
“É um processo lento, vai demorar. O caminho está a ser percorrido, as próprias agências de rating estão cada vez mais confortáveis com a história de Portugal”, acrescentou a presidente do IGCP, ao Jornal Económico. “Mas pelo menos dois anos. Se o padrão de comportamento se mantiver, e se tudo correr bem, se não houver aqui nenhum percalço e se em todas as próximas janelas houver atuação, no mínimo serão dois anos”.
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