Cinco candidatos vão passar à segunda fase da venda da Brisa

Os Mello e a Arcus estão a vender 80% do capital da Brisa e, na próxima semana, será escolhida uma short-list com cinco candidatos para apresentarem ofertas vinculativas. Espanhóis são candidatos.

A venda da Brisa, um dos grandes negócios de 2020, vai entrar na segunda fase. Já na próxima semana, deverão ser escolhidos os candidatos que vão passar à segunda fase do concurso para a venda de 80% do capital da maior concessionária de autoestradas do país. E desta vez serão propostas vinculativas, como revelou ECO Insider, a newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantes.

Há umas semanas, já tínhamos revelado que a venda da Brisa tinha mais de uma dúzia de candidatos. Fundos de infraestruturas, Fundos de pensões e operadores do setor, como os espanhóis da Abertis e da Globalvia, dois dos mais fortes candidatos. A Abertis, de resto, já tem em Portugal a concessão da A23. Agora, passarão cinco candidatos à segunda fase, para a apresentação de propostas vinculativas, isto é, já com um cheque efetivo em cima da mesa. E os espanhóis são dos mais fortes candidatos, dizem fontes de mercado. De acordo com outras fontes, o valor global da empresa, neste negócio, deverá ultrapassar os três mil milhões de euros.

Este negócio decorre em paralelo com outro que pode ser uma pedra no sapato do grupo Mello e do fundo Arcus, que têm em conjunto cerca de 80% do capital. É que o acordo da Brisa com os credores da Douro Litoral e da Brisal está ‘pendurado’ nas mãos de Pedro Nuno Santos, o ministro das Infra-estruturas, porque é um acordo em torno de concessões do Estado. E o ministro considera que aquele acordo não protege os interesses do Estado como concedente de autoestradas.

Aquele acordo tinha sido anunciado com estrondo: Depois de meses de guerra, a Brisa e os credores das concessões das autoestradas Douro Litoral (AEDL) e Litoral Centro (Brisal) tinham chegado a um acordo no final de agosto. O acordo previa a desistência dos processos legais e mantinha a Brisa como dona da Brisal, enquanto a Douro Litoral passava para o controlo dos fundos, mas foi travado pelo Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), o regulador que depende do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Agora, enquanto este tema não estiver ultrapassado, a venda da Brisa fica, ela própria, em risco.

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