Livre: Joacine admite fazer as cedências necessárias para entendimento com órgãos

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2020

Grupo de Contacto (direção) do Livre comprometeu-se em resolver rapidamente o impasse em que o partido se encontra e falou em ”continuidade” de pessoas e ideias.

A deputada única do Livre, Joacine Katar Moreira, afirmou este domingo que está disponível para fazer as cedências que “forem necessárias” para melhorar as relações com os órgãos do partido.

Em declarações aos jornalistas no final do IX Congresso do Livre, a deputada considerou que “esta época irá obviamente ser uma época ainda um bocado agitada”.

No primeiro dia da reunião magna que aconteceu em Lisboa, no sábado, os congressistas decidiram adiar a decisão sobre a retirada da confiança política à deputada, como propôs a Assembleia, numa resolução.

Joacine Katar Moreira considerou que, daqui para a frente, as partes vão necessitar de conversar e encontrar-se “imensamente” e “regularmente”, bem como decidir “o que é preciso alterar, o que se pode melhorar.

Na resolução, a Assembleia queixava-se precisamente de falta de disponibilidade e respostas por parte da deputada aos contactos feitos.

“E, especialmente, é preciso que haja cedências de parte a parte, e eu ainda estou disponível para isso”, adiantou, comprometendo-se a fazer as cedências que “forem necessárias para não inviabilizar a confiança dos eleitores depositaram” no Livre.

“Mas qualquer cedência da minha parte precisa de ser no que diz respeito ao meu trabalho e precisa de ser obviamente com base na verdade absoluta”, alertou, advogando que “o que não houve foi exatamente isso”.

Grupo de Contacto quer resolver impasse

O Grupo de Contacto (direção) do Livre comprometeu-se este domingo em resolver rapidamente o impasse em que o partido se encontra e falou em ”continuidade” de pessoas e ideias, no discurso de encerramento do IX Congresso do Livre.

No encerramento do IX Congresso do partido Livre, em Lisboa, o Grupo de Contacto (GC) eleito, pela lista ‘A’, por intermédio de Isabel Mendes Lopes, sublinhou a importância de resolver “rapidamente este impasse em que o partido se encontra”.

Dos 15 membros que compõem o Grupo de Contacto atual, oito são novos, sendo os restantes já membros do GC anterior, no entanto, o grupo sublinha que a votação “foi clara” e que cabe à assembleia decidir sobre a questão da retirada de confiança política à única deputada eleita do partido, Joacine Katar Moreira.

“O congresso votou pela continuidade das pessoas, ideias, e formas de trabalhar, dando um claro voto de confiança e de legitimidade aos novos órgãos”, disse Isabel Mendes Lopes, membro do Grupo de Contacto que entra agora em funções.

A direção admite que os próximos dois anos não serão fáceis, mas acrescenta que “o Livre nunca teve a vida fácil” e que já renasceu “de várias mortes anunciadas”.

O novo Grupo de Contacto relembrou a característica única do Livre, a eleição de candidatos para eleições através de primárias, dizendo que este processo já lhes trouxe “pessoas excecionais”.

“O Livre é de facto um partido diferente e que faz as coisas de forma diferente” o que implica, segundo o GC, “uma forma muito mais escrutinada de fazer política”.

As autárquicas assumem-se como um desafio para o Livre, que, segundo o GC agora eleito, continuará “sempre a procurar entendimentos com forças de esquerda e progressistas”

Quanto às presidenciais, o Grupo de Contacto reitera o espelhado na moção estratégica, afirmando que vai apoiar uma candidatura que dê prioridade aos princípios do partido.

“Procuraremos apoiar uma candidatura que à Presidência da República que dê prioridade aos nossos princípios: de liberdades e direitos cívicos; de igualdade e da justiça social; do aprofundamento da democracia em Portugal e da construção de uma democracia europeia; bem como da ecologia, da sustentabilidade e da solidariedade intergeracional”, afirmaram.

O discurso relembrou as bandeiras eleitorais do Livre, entre as quais, a ecologia, o europeísmo e a luta pela igualdade social e assumem a ambição de ser “o partido partilhado do século XXI”.

“As ideias e os princípios do Livre são o seu maior património”, reiterou Isabel Mendes Lopes.

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