Surto de coronavírus está a pressionar mercado de luxo, diz Burberry
Das 64 lojas que tem na China, a Burberry já fechou 24. Os estabelecimentos que se mantêm em funcionamento têm, de resto, horários reduzidos face à queda do número de clientes.
O recente surto de coronavírus está a ter um impacto devastador no mercado dos bens de luxo, garante a britânica Burberry, citada pelo The Guardian. A marca já fechou 24 das 64 lojas que tem na China e restringiu os horários de funcionamento dos estabelecimentos que mantém em funcionamento, face à queda de 80% do número de consumidores.
“O surto de coronavírus na China está a ter um impacto negativo na procura por bens de luxo“, garante o CEO da Burberry, Marco Gobetti. A marca avança, ainda, que esta epidemia está a ter um efeito mais significativo do que os protestos registados no ano passado em Hong Kong e que levaram, na altura, a britânica a encerrar algumas das suas lojas, cortando em metade as vendas contabilizadas.
Nessa ocasião, o recuo do número de clientes estava relacionado com a queda do número de turistas chineses de visita a Hong King. Desta vez, esse emagrecimento das vendas tem sido registado sobretudo no que diz respeito ao consumo doméstico.
O surto de coronavírus está a afetar, de resto, muitas outras marcas com presença na China, em múltiplos setores. Na tecnologia, por exemplo, a Apple decidiu manter as suas lojas fechadas por mais alguns dias, face ao agravamento da epidemia em causa.
Na semana passada, a empresa liderada por Tim Cook tinha anunciado o encerramento de 42 lojas em território chinês até 10 de fevereiro, mas agora adiou a data da reabertura para 15 de fevereiro, avança a Bloomberg. A Apple também fechou as portas dos escritórios que mantém na China, mas planeia reabri-las no início da próxima semana.
Até ao momento, o coronavírus já matou 636 pessoas, estando mais de 31 mil pessoas infetadas. O surto começou na cidade chinesa de Wuhan — região que entretanto já foi colocada sob quarentena — mas tem chegado rapidamente a outras regiões do planeta. A 30 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde declarou mesmo situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
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