Lucros das Seguradoras quebram 120 milhões de euros
O conjunto das companhias de seguros portuguesas tiveram uma quebra de 26% nos resultados líquidos em 2019 comparando 2018. Os capitais próprios foram reforçados em 900 milhões reavaliando ativos.
O conjunto das companhias de seguros a atuar em Portugal registou uma quebra de 26% nos resultados líquidos (menos 120 milhões de euros) quando comparados com 2018, regressando ao nível dos obtidos em 2017, revelam dados provisórios divulgados pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores.
Os primeiros dados provisórios, agora revelados pela APS, analisam cerca de 93% das contas económicas e financeiras de 40 companhias de seguros que, em conjunto, representam a quase totalidade dos negócios do setor.
Os principais indicadores da atividade consolidada, adicionando todas as companhias, aponta para:
- O ativo total cresceu 6,2% para 59,9 mil milhões de euros, devido ao crescimento de investimentos em 4,2 mil milhões;
- O passivo total passou de 51 mil milhões para 53,6 mil milhões de euros, principalmente devido ao aumento das provisões técnicas nos ramos Vida;
- O capital próprio aumentou 16,8% devido essencialmente à constituição de 795 milhões de euros de reservas de reavaliação;
- Os prémios adquiridos líquidos de resseguros cresceram 9% ou 672 milhões de euros para quase 8 mil milhões de euros;
- Os custos com sinistros, líquidos de resseguro, baixaram 119 milhões de euros para 5,45 mil milhões;
- Os resultados líquidos atingiram 346 milhões de euros em 2019, um valor inferior em 120 milhões aos obtidos em 2018 e ao nível de 2017 (347 milhões de euros);
- Das 40 companhias até agora analisadas apenas quatro apresentaram resultados líquidos negativos.
Quanto a resultados técnicos o ramo Vida apresentou os piores resultados dos últimos três anos, embora positivos em 197 milhões de euros:
- Nos ramos Não Vida, os resultados técnicos atingiram 193 milhões de euros, os melhores dos últimos quatro anos;
- Dentro do ramos Não Vida o destaque volta aos Acidentes de Trabalho por ter apresentado prejuízos técnicos (-43 milhões de euros) tal como sucedeu em 2016 e 2017 (-132 e -37 milhões de euros, respetivamente) embora no ano de 2018 tenha subido para 16 milhões positivos;
- O ramo automóvel, em resultados técnicos, atingiu números positivos pela primeira vez em quatro anos. Doença e incêndio também apresentaram números positivos.
As contas definitivas das seguradoras estão ainda por aprovar nas diferentes assembleias gerais, mas os dados agora divulgados costumam ser muito próximos dos finais.
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