Coronavírus volta a afundar bolsas europeias. Lisboa cai mais de 1,5%

Setor da energia destaca-se nas quedas, com a EDP e a Galp Energia a serem determinantes para a dimensão da desvalorização registada pelo PSI-20.

O coronavírus volta a fazer mossa nos mercados internacionais. Depois do alívio na última sessão, as praças europeias estão novamente sob forte pressão vendedora, registando-se quedas em torno de 2% nos principais índices do Velho Continente. Em Lisboa, a tendência é idêntica, com o PSI-20 a registar uma queda de mais de 1%.

O Stoxx 600 segue a perder 1,56%, depois da ligeira recuperação no dia anterior. A Europa segue, assim, a tendência negativa registada tanto nos mercados norte-americanos, no final da última sessão, como nas bolsas asiáticas, numa altura em que os investidores estão alarmados com a rapidez com que o coronavírus está a alastrar-se no resto do mundo.

Em Lisboa, o índice de referência nacional segue a perder 1,48%, com 17 das 18 cotadas a negociarem em “terreno” negativo. O setor da energia destaca-se nas quedas, com a EDP e a Galp Energia a serem determinantes para a dimensão da desvalorização registada pelo PSI-20.

A EDP está a ser pressionada pelo valor a que a China Three Gorges vendeu 1,8% do capital da elétrica. Os títulos foram alienados a 4,45 euros, abaixo dos 4,484 euros a que a empresa liderada por António Mexia está a cotar na bolsa de Lisboa. Esta venda aconteceu um dia depois de o fundo de Abu Dhabi ter deixado de ter uma participação qualificada no capital da EDP.

Enquanto a elétrica cede 1,53%, e a EDP Renováveis recua 1,9%, a Galp Energia segue o desempenho negativo do petróleo nos mercados internacionais. Tanto o Brent como o West Texas Intermediate recuam mais de 1%, penalizados pelos receios em torno do impacto do vírus na procura mundial pela matéria-prima, levando a petrolífera portuguesa a recuar 2,26% para 13,40 euros.

O BCP também pressiona a bolsa, recuando 2,21% para 17,24 cêntimos por ação, corrigindo assim da recuperação registada na última sessão, enquanto a Jerónimo Martins, outro dos “pesos pesados” da bolsa de Lisboa, cai 1,1% para cotar nos 16,615 euros. A Sonae, por seu lado, apresenta uma desvalorização de 0,85% para 75,75 cêntimos.

(Notícia atualizada às 8h05 com mais informação)

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