Após três dias de fortes quedas, petróleo dispara. Barril chegou a subir 35%

Senado norte-americano pediu a Riade e Moscovo que terminem a guerra dos preços. Se não acontecer, autorizou o presidente Donald Trump a impor um embargo petrolífero a ambos os países.

O preço do petróleo regista fortes ganhos, após um selloff de três dias consecutivos que levou a matéria-prima a mínimos de duas décadas. O barril chegou a valorizar 35%, esta quinta-feira, nos mercados internacionais, mas continua a negociar abaixo da fasquia dos 30 dólares.

A recuperação está associada, por um lado, a uma correção do mercado depois de na última sessão os preços terem caído para o valor mais baixo desde 2002. Por outro, foi ainda causado pelos desenvolvimentos na guerra entre os maiores produtores de petróleo do mundo. Arábia Saudita e Rússia — que alinhavam há mais de dois anos numa estratégia conjunta para o mercado petrolífero — entraram num conflito, que arrisca inundar o mercado de petróleo, numa altura de perturbações na procura.

O Senado norte-americano pediu aos dois países que parem a guerra de preços e anunciou que vai intervir. Riade e Moscovo foram convidados a negociar em Washington, mas caso não cheguem a acordo, o Senado norte-americano autorizou o presidente Donald Trump a impor um embargo petrolífero a ambos os países.

Neste cenário de incerteza, tem sido a volatilidade a marcar as negociações. O Brent negociado em Londres sobe 15% para 28,48 dólares por barril e o crude WTI dispara 25% para 25,41 dólares. Mas chegou a disparar um máximo de 35% durante a negociação.

“Após o tombo de ontem [quarta-feira], os investidores estão a voltar ao mercado porque estão a antecipar cortes de produção no futuro. Mas estes não são suficientes para apagar o impacto na procura que o mercado vai assistir em abril e maio”, explicou à Reuters Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, sobre o efeito do surto de coronavírus.

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