Vendas de carros afundam 55% na UE em março

Os stands de automóveis viram as suas vendas cair para metade em março, mês marcado pela generalização das medidas de confinamento praticamente em toda a União Europeia.

As vendas de automóveis na União Europeia afundaram 55,1% em março, de acordo com os dados da Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) divulgados esta sexta-feira. No acumulado do primeiro trimestre, a queda é de 25,6%.

Esta é a maior queda das vendas dos stands de automóveis europeus de sempre, segundo a Bloomberg, num mês em que estes tiveram de fechar no esforço conjunto de contenção do vírus.

No total, foram vendidos 567.308 carros em março, o que é o menor volume desde, pelo menos, 1990, ano em que a associação europeia deste setor começou a compilar dados.

Com as medidas de contenção e de confinamento a instalarem-se na maioria dos mercados a partir de meio do mês, a maioria das concessionárias europeias esteve fechada durante a segunda quinzena“, explica a ACEA em comunicado.

A maior queda nas vendas de automóveis registou-se nas marcas do grupo FCA, da Fiat, e do grupo PSA, da Peugeot, com uma redução de 74% e 67%, respetivamente. Os suecos da Volvo registaram a menos queda (-35%) em termos homólogos.

Todos os 27 Estados-membros viram as suas vendas cair em março, mas foi em Itália, o país europeu mais afetado pela pandemia, que as vendas afundaram mais (-85,4%). Segue-se França com uma queda de 72,2% e Espanha com 69,3%.

Na Alemanha, a queda foi menos expressiva com as vendas de carros a descerem 37,7%. Em Portugal, a redução das vendas de carros foi de 56,6%, tendo sido matriculados apenas 12.399 automóveis. E os números de abril são ainda piores: a ACAP aponta para uma quebra de 86% na comercialização de veículos novos este mês.

Entre janeiro e março deste ano, a procura por novos carros na UE desceu 25,6%, com a pandemia a agravar em março a tendência já descendente da venda de automóveis. Entre os principais mercados, no primeiro trimestre, a maior queda regista-se em Itália (-35,5%), seguindo-se França (-34,1%), Espanha (-31%) e Alemanha (-20,3%).

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