IHRU já recebeu 877 pedidos de empréstimos para rendas. Apenas quatro foram de senhorios

Em apenas oito dias, já foram feitos 877 pedidos de empréstimos para as rendas ao IHRU, a esmagadora maioria de inquilinos. Ao todo, os apoios ascendem a cerca de 860 mil euros.

O Estado já recebeu quase 900 pedidos de empréstimos para suportar os custos com a renda ou colmatar a falta delas. Mas esta ferramenta está a ser procurada sobretudo por inquilinos, enquanto os senhorios foram apenas uma minoria. O valor total dos apoios ascende a 860.000 euros.

De acordo com os dados do Ministério da Habitação e das Infraestruturas, desde 15 de abril (dia em que ficaram disponíveis) até ao final desta quinta-feira, o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) recebeu 877 pedidos de apoio, dos quais 873 vieram de inquilinos e apenas quatro de senhorios. A maioria dos requerentes é residente em Lisboa, Porto e Setúbal.

Até ao momento, o valor total dos apoios solicitados já ascende a cerca de 860.000 euros, nota o Ministério de Pedro Nuno Santos, reiterando que apenas os senhorios e inquilinos com perda (comprovada) superior a 20% dos rendimentos podem ter acesso a estes apoios.

Estes empréstimos foram um dos apoios criados pelo Governo para ajudar os portugueses nas despesas associadas à habitação. Sem juros nem comissões associados, requerem apenas o pagamento do imposto de selo que, tal o ECO adiantou, será deduzido no valor mensal que o IHRU vai emprestar. Enquanto os senhorios têm direito a receber a totalidade da renda, no caso dos inquilinos os montantes mensais podem corresponder a apenas uma parte ou à totalidade da renda.

Mas, tal como referiu o Ministério no comunicado enviado esta sexta-feira, é sempre necessário que os inquilinos tenham uma perda superior a 20% dos rendimentos e a taxa de esforço ultrapassar os 35%. Já no caso dos senhorios, conta apenas a mesma quebra de rendimentos, sendo que esta deve derivar da perda das rendas, e o rendimento disponível do agregado familiar não pode ultrapassar o valor do IAS (438,81 euros).

Os empréstimos do IHRU serão concedidos até um mês subsequente de terminar o estado de emergência e, concluído este prazo, os inquilinos têm um período de carência de seis meses e começam a dar início ao reembolso (em duodécimos) apenas em janeiro (se o estado de emergência não se prolongar para além de maio). Já os inquilinos têm de fazer o reembolso imediatamente após o fim do mês subsequente ao estado de emergência.

(Notícia atualizada às 10h36 com mais informação)

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