Novo Banco já concedeu 794 milhões das linhas Covid-19. Ramalho quer chegar a mil milhões

António Ramalho espera conceder um total de mil milhões de euros das linhas de crédito criadas para ajudar as empresas a superem a crise provocada pela pandemia.

O Novo Banco tem agido de “forma mais lesta e ágil” que os restantes bancos do sistema. Por isso mesmo, foi responsável por uma importante “fatia” da primeira linha de crédito criada no âmbito do Covid-19, de 400 milhões, tendo já concedido mais de 600 milhões das novas linhas. No final, António Ramalho espera chegar à marca de mil milhões de euros.

No “Tudo é economia”, programa transmitido pela RTP3, Ramalho lembrou que a linha de 400 milhões criada inicialmente servir para todos os setores a enfrentarem a pandemia, tinha “pouco dinheiro”. Dessa linha, o Novo Banco acabou por ser responsável por colocar cerca de 190 milhões de euros, acelerando o processo para cerca de 20 dias “entre o momento em que se pedia e o que se respondia”.

Entretanto, as linhas Covid-19 foram alargadas, chegando aos 6,2 mil milhões de euros. Deste montante, o Novo Banco tem “603 milhões já aprovados”, revelou o CEO do banco que resultou da resolução do BES, tendo entretanto sido vendido ao Lone Star.

No total, o banco concedeu 794 milhões de euros, tendo a ambição de chegar a um valor ainda mais elevado. “Espero chegar ao final com mil milhões de euros concedidos” das linhas Covid-19.

Ainda esta semana vamos ter um enorme fluxo de capacidade financeira colocada no mercado”, disse Ramalho, quando confrontado por Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português, com a demora da banca na aprovação dos financiamentos, criticando a “papelada”. Ramalho rebateu: “Temos simplificado. Tenho 4.744 empresas que preencheram tudo e têm os seus créditos aprovados”.

O CEO do Novo Banco lembrou que há, obviamente, “um conjunto de avaliações que têm de ser feitas”, até para evitar que no pós-crise a banca seja criticada pela má avaliação feita dos créditos concedidos. Apesar dessa avaliação rigorosa, Ramalho admite que “é inevitável que o malparado venha a aumentar”.

Sobre os ativos tóxicos no balanço do Novo Banco, Ramalho salientou que “o banco tem conseguido limpar balanço”, lembrando que “70% do legado foi limpo”. “Se não o tivesse feito, não estaria aqui, agora, a ajudar a economia”, rematou, escusando-se a responder se o banco vai ou não solicitar o montante total do programa de capital contingente que ficou definido aquando da venda da instituição ao fundo norte-americano.

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