Petróleo dispara mais de 10%. Brent acima dos 30 dólares

Cotações do Brent e do crude valorizam entre 11% e 18%, numa altura em que a reabertura das economias dá fôlego à matéria-prima. Petrolíferas tiram partido e aceleram também.

Os últimos dias têm sido de correção para os preços do petróleo. A gradual reabertura de muitas economia após o período mais crítico da pandemia joga em favor da recuperação da procura por “ouro negro”, e isso está a puxar pelas cotações. O barril regista ganhos acima de 10%, com o Brent londrino a negociar acima dos 30 dólares. Petrolíferas também aceleram.

Nesta terça-feira, a cotação do barril de Brent para entrega no dia 29 de maio avança 11,05%, para os 30,20 dólares, no mercado londrino, naquela que é a sexta sessão seguida de ganhos. Já, em Nova Iorque, o crude (contrato que expira a 18 de maio) valoriza 18,34%, para os 24,13 dólares por barril, na quinta sessão seguida de subidas.

O valor da matéria-prima regressa assim a máximos de meados de abril, ainda antes de os receios sobre a capacidade de armazenamento, devido ao excesso de oferta no mercado, ter provocado uma sangria que colocou o preço do petróleo pela primeira vez na história em terreno negativo.

Brent recupera no mercado londrino

Desta vez, a perspetiva é contrária. Com a reabertura de muitas economias, o cenário é no sentido de uma recuperação da procura de petróleo, o que está a ditar a subida das cotações.

O banco de investimento suíço UBS veio mesmo dizer agora antecipar que o alívio das restrições ajudaria a conduzir a um reequilíbrio na oferta e na procura do mercado de petróleo no terceiro trimestre. Projetou mesmo que a oferta será insuficiente no quarto trimestre, prevendo uma recuperação do preço do Brent para os 43 dólares, no final de 2020, e para os 55 dólares em meados de 2021.

Face a este cenário, os títulos das petrolíferas estão em forte alta nesta sessão. É o caso da Total e da Repsol, mas também da portuguesa Galp. Os títulos da petrolífera portuguesa valorizam 2,19%, para os 10,25 euros. Mas os ganhos da Total e da Repsol ainda são mais dilatados: valorizam 6,1% e 8,1%, respetivamente. Apesar destas duas cotadas terem reportado uma quebra acentuada dos seus lucros nos três primeiros meses do ano, anunciaram que vão pagar dividendos, à semelhança do que a Galp também fez.

(Notícia atualizada às 15h24 com últimas cotações do Brent e crude)

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