Mulheres representam 30% dos gestores de topo em Portugal

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

A percentagem de mulheres gestoras aumentou "muito ligeiramente" em Portugal durante as últimas duas décadas, apesar do aumento significativo das qualificações.

A proporção de mulheres gestoras aumentou “muito ligeiramente” em duas décadas e representam cerca de 30% dos gestores de topo em Portugal, segundo o Boletim Económico do Banco de Portugal. O Boletim Económico, divulgado esta quarta-feira, tem uma caixa com uma breve caracterização dos gestores em Portugal e a evolução das últimas duas décadas.

De acordo com a informação, entre 1997 e 2017, a percentagem de mulheres gestoras aumentou “muito ligeiramente” em Portugal durante as últimas duas décadas, apesar do aumento significativo das qualificações, permanecendo num nível relativamente baixo, de cerca 31%, isto quando no total dos trabalhadores as mulheres representam quase 50%. “Este resultado é transversal a todos os setores de atividade e a empresas de diferentes dimensões”, refere o Banco de Portugal.

Já quanto à idade dos gestores, esta tem acompanhando o envelhecimento da população, sendo que tanto a média como a mediana aumentou cerca de três anos nas últimas duas décadas, “em larga medida devido à diminuição da percentagem de gestores com menos de 35 anos”, que representavam apenas 10% dos gestores em 2017, quando eram 21% em 1997.

Cerca de 60% dos gestores tem mais de 44 anos, o que compara com menos de 40% no caso dos restantes trabalhadores.

Nas qualificações dos gestores, segundo o Banco de Portugal, há o reflexo da melhoria nos níveis de escolaridade da população.

O Boletim Económico destaca a diminuição da percentagem de gestores com escolaridade inferior ao terceiro ciclo do ensino básico em mais de 30 pontos percentuais, sendo que, ainda assim, estava ligeiramente acima de 35% em 2017.

Comparando o nível de escolaridade dos gestores com os restantes trabalhadores, estes têm em média mais anos de escolaridade e é maior a proporção de licenciados.

A análise do Banco de Portugal é feita com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e dos Quadros de Pessoal do Ministério do Trabalho.

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