FMI prepara revisão em baixa de projeções económicas mundiais. “São ainda piores”, diz Kristalina

"Com a crise a espalhar-se, as perspetivas são ainda piores do que a nossa primeira projeção, já pessimista", disse a diretora do FMI.

O impacto do coronavírus na economia mundial será ainda maior que o esperado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que se prepara para rever ainda mais em baixa as projeções divulgadas no mês passado, disse a responsável Kristalina Georgieva, numa entrevista ao jornal Irish Times (conteúdo em inglês).

“Com a crise a espalhar-se, as perspetivas são ainda piores do que a nossa primeira projeção, já pessimista”, disse a diretora do FMI esta terça-feira, à margem de uma conferência online, acrescentando que “sem soluções médicas à escala mundial, para muitas economias é provável que haja um desenvolvimento mais adverso”.

Em abril, o FMI estimava uma contração de 3% na produção mundial. Kristalina referiu que, nessa previsão inicial, o fundo de Bretton Woods estimava que os países emergentes e em desenvolvimento precisariam de 2,5 biliões de dólares (2,3 biliões de euros) em ajudas financeiras.

“É muito importante concentrarmo-nos nas medidas de proteção que podemos dar aos países [emergentes e em desenvolvimento] para que um problema de liquidez não se torne num problema de solvência”, continuou a responsável, durante a conferência, citada pelo jornal. E, nesse sentido, Kristalina deixou uma mensagem a esses países: “Por favor, gastem o máximo que puderem e depois um pouco mais”.

O FMI vai publicar em junho novas projeções para a economia mundial, que deverão incluir revisões em baixa face às últimas previsões, refletindo o aumento do número de casos de coronavírus no mundo e o impacto económico que se intensificou nas últimas semanas, adiantou a responsável.

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