Morreu o embaixador José Cutileiro
O diplomata José Cutileiro, de 85 anos, encontrava-se hospitalizado.
O embaixador José Cutileiro morreu este domingo em Bruxelas, onde vivia, disse à Lusa a sua mulher. O diplomata, de 85 anos, encontrava-se hospitalizado, acrescentou a mesma fonte.
Cronista e escritor, José Cutileiro foi um dos negociadores da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE) e integrou a equipa de coordenação da Conferência de Paz para a Jugoslávia, em 1992, entre outros cargos ao longo da sua carreira.
O Presidente da República já reagiu à notícia, dizendo que José Cutileiro foi, “além de um magnífico diplomata, um homem da cultura”, em declarações transmitidas pelas televisões. Era um “grande ensaísta, colunista, comentarista e também grande cronista”, que analisava “de forma às vezes impiedosa, mas de forma muito lúcida e inteligente, a vida nacional”.
Entretanto foi também publicada uma nota no site da Presidência, onde Marcelo Rebelo de Sousa afirma que “Portugal perdeu uma grande figura da diplomacia da Democracia, pessoa de grande cultura e espírito crítico, que as sua crónicas traduzem com humor e elevação”.
“Desempenhou cargos diplomáticos do maior relevo para Portugal, mas também a nível multilateral, como Secretário geral da União da Europa Ocidental, muitos anos o pilar de Defesa europeia”, refere a nota. “Há largos anos radicado em Bruxelas, José Cutileiro não deixou de escrever as suas crónicas que o ligavam ao País e o País ao Mundo, que o Presidente da República teve o gosto de apreciar desde os tempos do Expresso”, completa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros também já se pronunciou, através do Twitter. “O falecimento do Embaixador José Cutileiro deixa a diplomacia portuguesa muito mais pobre”, escreveu. “Nas várias missões que desempenhou, foi sempre um excecional servidor das causas e dos interesses de Portugal”, continua.
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O primeiro-ministro considerou este domingo que o embaixador José Cutileiro se destacou como um “brilhante” diplomata no desempenho de importantes funções em nome de Portugal e em cargos internacionais, caracterizando-o como “um patriota e um homem do mundo”.
“Era um patriota e um homem do mundo. Foi um brilhante diplomata, antropólogo, cronista e escritor, tendo aliado a ação ao pensamento sobre política externa, na defesa da paz, da liberdade e da democracia. Transmito à família as minhas condolências”, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.
Na mesma mensagem, o primeiro-ministro defendeu que José Cutileiro ajudou os cidadãos “a compreender, com grande lucidez, o movimento da História e o papel de Portugal”. “Viveu de perto as transformações das últimas décadas no desempenho de importantes funções em nome de Portugal e em cargos internacionais”, acrescentou António Costa.
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