OPEP puxa pelo petróleo. Barril supera os 40 dólares nos EUA
A OPEP+, onde se inclui a Rússia, acordou prolongar os atuais cortes no produção de “ouro negro” por mais um mês. Juntamente com a reabertura da economia, preços do petróleo estão a subir.
O petróleo continua a recuperar nos mercados internacionais, tendo já superado a fasquia dos 40 dólares por barril no mercado norte-americano. Subida das cotações está a ser suportada pelo prolongamento dos cortes de produção da OPEP+, mas também pela perspetiva de retoma da economia mundial.
A recuperação das cotações tem sido mais expressiva do outro lado do Atlântico, com o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, que chegou a afundar para valores negativos, a ganhar 0,76% para 39,85 dólares — chegou a cotar nos 40,44 dólares. Em Londres, o Brent soma 1,25% para 42,83 dólares por barril.
Petróleo acelera nos mercados internacionais
Esta subida, que permite ao barril de WTI voltar a negociar acima dos 40 dólares depois de ter estado, recentemente, nos -40 dólares, acontece numa altura em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os restantes países produtores, agregados na OPEP+, onde se inclui a Rússia, acordaram prolongar os atuais cortes na produção de “ouro negro” por mais um mês.
A OPEP+ tinha concordado inicialmente em abril em reduzir a oferta de petróleo no mercado em 9,7 milhões de barris por dia durante o período entre maio e junho para sustentar os preços após a derrocada devido à crise do coronavírus. Esses cortes deviam diminuir para 7,7 milhões de barris de julho a dezembro. Agora essa travagem nos cortes deverá acontecer apenas a partir de agosto.
A puxar pelas cotações está também a perspetiva de retoma da procura por petróleo. Depois de uma quebra expressiva no pico da pandemia, com milhões de pessoas em todo o mundo em confinamento, o alívio das restrições por causa do vírus tem levado a um aumento da procura pela matéria-prima.
Apesar da contração económica prevista para o global do ano, há sinais positivos nesta reabertura das economias, levando os investidores a apostarem num maior apetite por petróleo numa altura em que a oferta é reduzida. Com maior procura e menor oferta, a tendência é para que os preços do petróleo subam.
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