Atividade turística “praticamente parada” no mês do desconfinamento

Depois do mês "negro" de abril, marcado pelo confinamento, o mês do desconfinamento não foi muito melhor para o turismo. INE revela que a atividade turística ficou "praticamente parada" em maio.

Depois do mês “negro” de abril, marcado pelo confinamento, o mês do desconfinamento não foi muito melhor para o turismo. O INE revela que a atividade turística ficou “praticamente parada” em maio, registando-se quebras de mais de 90% nas dormidas e de perto da totalidade no que diz respeito aos proveitos do setor.

“O setor do alojamento turístico registou 149,8 mil hóspedes e 307,0 mil dormidas em maio de 2020, correspondendo a variações de -94,2% e -95,3%, respetivamente (-97,7% e -97,4% em abril, pela mesma ordem)“, refere o INE. A explicar estes números, num mês marcado pelo início do desconfinamento uma vez superado o pico da pandemia, está o facto de vários alojamentos terem estado fechados.

“Em maio, cerca de 70,4% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (85,0% em abril de 2020)”, nota o INE.

“As dormidas de residentes recuaram 85,9% (-93,5% em abril) e as de não residentes decresceram 98,4% (-98,9% no mês anterior)”, acrescenta, sendo esta quebra mais expressiva dos não residentes associada ao facto de existirem ainda, à data, vários constrangimentos às viagens de avião, tanto fora da Europa como na Europa.

“No conjunto dos primeiros cinco meses do ano, verificou-se uma diminuição de 59,6% das dormidas totais, resultante de variações de -50,6% nos residentes e de -63,2% nos não residentes”, remata o INE.

Esta quebra no número de hóspedes e de dormidas afetou significativamente os proveitos. “Os proveitos totais registaram uma variação de -97,2% (-98,5% em abril), fixando-se em 11,0 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 9,6 milhões de euros, diminuindo 96,8% (-98,2% no mês anterior)”, salienta o INE.

“Note-se que estes proveitos totais (11,0 milhões de euros) corresponderam a cerca de 1/8 das remunerações brutas pagas em maio de 2019″, o que dá uma noção da dimensão da crise que afeta este setor.

(Notícia atualizada às 11h24 com mais informação)

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