Dona da SIC perde 4% em bolsa com saída de Cristina Ferreira

A Impresa está a desvalorizar na bolsa. As ações do grupo de media recuam 4,01%, para 13,15 cêntimos, depois de a apresentadora Cristina Ferreira ter decidido regressar à concorrente TVI.

A saída inesperada de Cristina Ferreira da SIC está a refletir-se nas ações da Impresa. Os títulos do grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão desvalorizam 4,01%, para 13,15 cêntimos, depois de a apresentadora anunciar a rescisão unilateral do contrato para regressar ao grupo concorrente Media Capital, cujas ações ainda não trocaram de mãos nesta sessão, continuando a cotar nos 2,34 euros.

Na sexta-feira, a apresentadora revelou à Impresa a decisão de regressar à TVI como diretora de Entretenimento e Ficção, bem como de se tornar acionista e, eventualmente, administradora da Media Capital. A notícia surpreendeu fãs e investidores, visto que Cristina Ferreira tinha contrato com a SIC até 2022.

Evolução das ações da Impresa na bolsa de Lisboa

O grupo Impresa já garantiu que vai reclamar uma indemnização, que poderá chegar aos dois milhões de euros, mas a saída de Cristina Ferreira, que era vista como um dos fatores decisivos na passagem da SIC à liderança de audiências, não passou ao lado dos mercados de capitais. Os títulos não registavam uma queda tão expressiva desde o início do mês, numa altura em que o grupo se prepara para revelar as contas do primeiro semestre, no dia 30 de julho.

O ano passado ficou marcado pelo regresso da SIC à liderança das audiências, com o Programa da Cristina, lançado no início do ano, a vencer sucessivamente as manhãs na televisão generalista. Ainda assim, desde 1 de janeiro e 2019, os títulos da Impresa acumulam uma desvalorização em torno de 7%, refletindo o impacto da pandemia que arrastou para terreno negativo uma boa parte dos ativos de risco, como é o caso das ações.

Com a saída de Cristina Ferreira, o diretor de Programas da SIC, Daniel Oliveira, já anunciou que o Programa da Cristina passará a chamar-se Casa Feliz. Numa publicação no Facebook, o responsável assegurou ainda que a empresa não vai “perder tempo com manobras que têm como objetivo semear a discórdia onde há união e estratégia”. “A SIC vive um momento de estabilidade acionista, administrativa e diretiva, com cadeias de comando muito bem identificadas e com uma visão a longo prazo no que respeita à consolidação da nossa oferta de conteúdos e à forma de os distribuir nas várias plataformas”, sublinhou.

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