Otimismo sobre acordo europeu inverte os índices e dá ganhos às bolsas

Depois de quedas, os índices europeus inverteram a tendência e registam ganhos, incluindo o PSI-20. Investidores estão mais otimistas quanto a um acordo no Conselho Europeu.

As bolsas europeias registam ganhos modestos e o principal índice português acompanha a tendência, invertendo as perdas observadas no arranque da sessão. Os investidores estão agora mais otimistas face à possibilidade de os líderes europeus chegarem a um acordo sobre o fundo de recuperação da União Europeia (UE).

Neste contexto, o pan-europeu Stoxx 600 sobe agora 0,2%, enquanto o alemão DAX avança 0,61% e o francês CAC-40 soma 0,13%, depois de registarem quedas em percentagens equivalentes no começo da sessão. Esta volatilidade também é patente no índice português PSI-20, que está a valorizar 0,30%, para 4.493,12 pontos.

Há expectativa sobre a evolução das negociações do fundo de recuperação da União Europeia, que se vão prolongar por um quarto dia, já largamente fora da agenda oficial. Os líderes europeus continuam em desacordo sobre o tamanho da “fatia” de subsídios do fundo de recuperação, cuja última proposta já rondará os 390 mil milhões de dólares, um valor substancialmente inferior aos 500 mil milhões propostos por Bruxelas.

Contudo, segundo a Bloomberg (acesso condicionado), os cinco países que estavam contra a proposta da Comissão Europeia estão agora preparados para aprovar esta redução substancial no valor dos subsídios a fundo perdido, que era o principal ponto da discórdia. Há agora um maior otimismo em torno da possibilidade de ser fechado um acordo, estando marcado um plenário do Conselho Europeu para a tarde desta segunda-feira.

Em Lisboa, a generalidade das cotadas negoceiam agora em terreno positivo. Os CTT destacam-se com uma subida de 2,20%, para 2,32 euros, enquanto a Corticeira Amorim soma 1,13%, para 9,81 euros.

No campo dos “pesos pesados”, os ganhos são mais modestos: a Nos soma 0,55%, a EDP Renováveis avança 0,14% e a Galp Energia, que esteve a cair mais de 1% no início da sessão, regista agora um ganho marginal de 0,05%, refletindo um recuo de 0,46% nos preços do Brent negociado em Londres, que está a cotar em 42,95 dólares o barril.

Em contrapartida, a EDP pesa no índice, perdendo 0,48%, para 4,543 euros, depois de uma semana marcada pelo anúncio do aumento de capital e do negócio multimilionário de compra da espanhola Viesgo. Já o BCP também pressiona e recua 0,27%, para 10,97 cêntimos cada título.

Além do efeito das perspetivas para o Conselho Europeu nos mercados acionistas, os investidores também estão cautelosos nas negociações enquanto esperam pela publicação iminente de detalhes sobre o teste à potencial vacina para a Covid-19 que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford. Esta é vista como a candidata na liderança da “corrida” a uma vacina para o novo coronavírus.

(Notícia atualizada às 10h33 com inversão nas bolsas e novo contexto/cotações)

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