PCP recusa-se a ir à apresentação do plano de recuperação de Costa Silva. BE e PAN vão

Os comunistas recusam-se a ir à apresentação do Plano de Recuperação de António Costa Silva e remetem a sua opinião para "momento oportuno". O Bloco de Esquerda e o PAN vão.

Em mais um sinal de afastamento do Governo, após terem votado contra o Orçamento Suplementar, o PCP foi convidado mas não irá comparecer na apresentação do Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030 que o professor António Costa Silva fará esta terça-feira. O Bloco de Esquerda e o PAN, que também foram convidados, irão comparecer.

Não é critério do PCP participar em atos ou iniciativas promovidas por governos“, responde o gabinete de imprensa do PCP ao ECO, assinalando que “a apresentação de amanhã não será exceção a esta posição”. Ao contrário do PCP, tanto o BE como o PAN irão fazer-se representar na apresentação desta terça-feira no Centro Cultural de Belém.

O PCP, BE e PAN foram convidados nas reuniões da semana passada em que arrancaram as negociações do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), de acordo com o Expresso de sábado. O semanário revelou também que os partidos da direita não foram convidados.

Apesar de não estar presente nesta sessão e ter votado contra o Orçamento Suplementar, o PCP está a dialogar com o Governo sobre o próximo orçamento. No Parlamento, aquando da votação do Suplementar, o líder parlamentar comunista, João Oliveira, assegurava que “este voto contra não compromete em nada o diálogo que se tem mantido desde novembro de 2015, designadamente para o Orçamento de 2021 e para os anos seguintes“.

Questionado também sobre a sua opinião sobre o documento preparado por António Costa Silva, ex-gestor da Partex escolhido por António Costa para elaborar um plano de recuperação, o PCP não opina, para já: “Sobre o programa, em momento oportuno o PCP tornará pública a avaliação que faz ao seu conteúdo“, respondem os comunistas.

Inicialmente, a escolha de António Costa Silva mereceu críticas por parte do PCP, BE e PAN, levando o Governo a esclarecer que este não iria ser uma espécie de “paraministro” nem iria negociar o plano de recuperação em nome do Executivo com os partidos. Entretanto, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, passou a estar ao leme deste processo assim que o documento foi entregue ao Governo por Costa Silva.

A sessão contará com um vídeo inicial de António Costa, que não participará presencialmente por causa do Conselho Europeu, e uma intervenção do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Segue-se a apresentação de António Costa Silva e um debate posterior.

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