Bolsas europeias ganham 1% com acordo histórico, BCP puxa por Lisboa

As bolsas europeias estão a negociar com ganhos em torno de 1%, com os investidores a reagirem positivamente ao acordo histórico alcançado na madrugada pelos líderes europeus.

As bolsas europeias negoceiam em alta, reagindo positivamente ao acordo alcançado pelos líderes europeus em torno do Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros para fazer face à crise da Covid-19. A generalidade das praças europeias abriu com ganhos a rondar 1%.

O pan-europeu Stoxx 600 segue a valorizar 0,9%, enquanto o alemão DAX soma 1% e toca máximos desde 24 de fevereiro. O francês CAC-40 ganha 0,8%, o espanhol IBEX sobe 1,2% e o português PSI-20 avança 0,69%, para 4.564,56 pontos, suportado na subida de 1,36% registada pelas ações do BCP, que estão a cotar em 11,14 cêntimos.

Evolução da cotação do PSI-20 em Lisboa

Depois de mais de 90 horas de intensas negociações, os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) alcançaram um acordo em torno de um pacote de 750 mil milhões de euros para estimular a recuperação da economia face ao impacto da pandemia, envolvendo 390 mil milhões de subsídios e 360 mil milhões em empréstimos. Para financiar o fundo, os países irão emitir dívida em conjunto através da Comissão Europeia.

Os líderes também acordaram um novo quadro financeiro plurianual, em vigor nos próximos sete anos, no montante total de 1,074 biliões de euros. O pacote completo ainda terá de ser ratificado pelo Parlamento Europeu, mas já está a levar os investidores a comprarem ações europeias.

Na praça lisboeta, para além do banco presidido por Miguel Maya, há ganhos a destacar noutros pesos pesados, a generalidade a negociar em terreno positivo. É o caso da EDP, que avança 0,29%, para 4,55 euros, um valor já ajustado ao destaque dos direitos na sequência do aumento de capital em curso para financiar a compra da espanhola Viesgo. Já a EDP Renováveis avança 0,84%, para 14,36 euros cada título.

Ainda no setor da energia, a petrolífera Galp valoriza 0,24%, para 10,36 euros, também num contexto de subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais. O barril de Brent, referência para as importações portuguesas, ganha 0,69% em Londres, com os futuros do crude a negociarem a 43,58 dólares.

Da energia para as comunicações, a operadora Nos soma 1,04%, para 3,708 euros por ação, enquanto a empresa de correios CTT ganha 1,71%, para 2,375 euros. No primeiro lugar do pódio dos desempenhos, mas com menor ponderação no índice, a construtora Mota-Engil sobe 4,39%, para 1,284 euros, enquanto a Pharol avança 2,48%, para 11,56 cêntimos.

Somente duas empresas da bolsa nacional seguem a contraciclo. Uma é a retalhista Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, cujos títulos caem 0,60%, para 14,86 euros. Outra é a Ibersol, dona de marcas como Burger King, KFC e Pizza Hut em Portugal, que perde 0,35%, para 5,66 euros por ação.

Olhando para fora do mercado acionista, o euro segue a valorizar face ao dólar no mercado cambial, com um euro a comprar 1,446 dólares. No entanto, a divisa europeia desvaloriza face à libra esterlina, cotando em 0,9020 libras. No mercado obrigacionista, a yield da dívida pública portuguesa a dez anos cai 4,5 pontos base, para 0,330% (quando as yields caem, o preço das obrigações no mercado secundário sobe).

(Notícia atualizada pela última vez às 8h41)

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