Mais de 1.300 empresas entraram em insolvência no primeiro semestre
As insolvências registadas representam uma perda potencial de 10.803 postos de trabalho e ocorreram essencialmente em micro e pequenas empresas, com foco no setor dos serviços.
Com a economia em queda, o número de insolvências aumentou. Durante os primeiros seis meses do ano, 1.313 empresas declararam insolvência, o que representa um crescimento de 2% face ao período homólogo. As empresas insolventes representam um volume de negócios superior a 550 milhões de euros, de acordo com dados da COSEC.
As insolvências registadas representam uma perda potencial de 10.803 postos de trabalho e cerca de 172 milhões de euros de créditos a fornecedores que ficaram por regularizar.
As microempresas continuam a representar grande parte dos casos de insolvência, com uma quota de 45%, uma tendência que já se regista desde 2009. Cerca de 67% do número de postos de trabalho em risco e 74% do valor de créditos a fornecedores estão concentrados nas micro e nas pequenas empresas, o que reflete o peso destas empresas no total das empresas insolventes e a sua maior vulnerabilidade face aos desafios do panorama económico atual.
O maior número de insolvências foi registada no Porto (25,1%, contra 27,2% no primeiro semestre de 2019), seguido de Lisboa (20,3%, contra 17,3%) e do distrito de Braga (13,3%, contra 13,2%). Os distritos de Beja, Portalegre e Évora continuaram a registar o menor número de insolvências, com um total de 25 casos.
O setor dos serviços continua a liderar em número de insolvências, com 306, seguido do setor da construção (14,4%), com um total de 189 empresas insolventes e o setor do retalho (13,1%), com 172 insolvências. Já os empresário em nome individual (ENI), registaram-se, no primeiro semestre de 2020, 148 insolvências, o que corresponde a 11% do total do número total em Portugal.
Em contrapartida, segundo o Observatório Infotrust, até maio deste ano, foram criadas em Portugal 17.503 empresas, apesar de representar um decréscimo de 35%. Lisboa (5.571 empresas), Porto (3.276), Braga (1.370) e Setúbal (1.274) foram os distritos onde se registou um maior número de novas empresas, sendo os serviços (4.260 empresas), o retalho (2.125) e a construção (2.047) os setores com mais procura.
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