Fibra da Meo já chega a 5,3 milhões de casas. Receitas resistem à pandemia

O EBITDA da dona da Meo recuou 2% e as receitas caíram 0,9% num semestre marcado pelo confinamento, que teve impacto nas vendas de equipamentos, no roaming e nos conteúdos desportivos.

A fibra ótica da Meo já chega a 5,3 milhões de casas em Portugal. Este era o objetivo assumido publicamente pela empresa para o ano de 2020, mas a meta foi ultrapassada no segundo trimestre, informa a Altice Portugal num comunicado onde dá conta de que os resultados resistiram ao impacto da pandemia, com as receitas a registarem um recuo “ligeiro”.

“A Altice Portugal atingiu no final do segundo trimestre a marca definida para 2020 de 5,3 milhões de casas passadas com fibra, adicionando 194 mil novas casas neste trimestre, das quais 172 mil realizadas pela FastFiber”, indicou o grupo presidido por Alexandre Fonseca, depois de um período marcado pelo confinamento e pelo alastrar do novo coronavírus no país.

Apesar do choque económico, os resultados da Altice Portugal registaram quedas ligeiras no semestre, observando-se uma “estabilização”. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 2% em termos homólogos, fixando-se em 411,4 milhões de euros, enquanto as receitas da empresa cederam 0,9%, para 1.021,8 milhões de euros, anunciou a empresa em comunicado.

“A receita foi afetada particularmente pelo confinamento obrigatório no país, o que se traduziu num menor volume de vendas de equipamentos, devido ao encerramento das lojas, na inexistência de receitas de conteúdos premium desportivos, em resultado da suspensão de competições desportivas, e na diminuição da receita de roaming, com particular destaque para a ausência de turismo externo, e ainda a impossibilidade de viajar“, justifica o grupo liderado por Alexandre Fonseca.

Segmento empresarial cai mais do que o consumo

O impacto da pandemia veio a sentir-se mais no segundo trimestre, período no qual o segmento empresarial da Altice Portugal registou um desempenho negativo bem mais expressivo do que o do consumo, o que deve ser visto à luz da imposição do teletrabalho.

No trimestre, o segmento de serviços empresariais atingiu um volume de receitas de 215,9 milhões de euros”, uma queda de 6,2% face ao período homólogo. No caso do consumo, a receita fixou-se em 283,7 milhões no trimestre, uma queda homóloga de 2,7%.

Numa mensagem, Alexandre Fonseca mostra-se convicto de que, “apesar das dificuldades nos próximos trimestres, em consequência da crise que a pandemia veio trazer para Portugal e para o mundo, vamos ter a capacidade de contornar as adversidades. No entanto, temos de ter a plena noção do enorme desafio que temos pela frente. Temos de ser capazes de nos transformar, simplificando, digitalizando e aumentando a nossa agilidade”, aponta o gestor.

Apesar da quebra nos resultados, a Altice Portugal acelerou o investimento. O Capex (capital expenditures) no trimestre cresceu 18,8% para 113,9 milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h43)

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