Com dois anos de atraso e em plena pandemia, BiG abre banco em Espanha

Planos de expansão do banco estavam definidos para 2018, mas acabaram por ser adiados. A abertura da sucursal, focada no negócio de gestão de riqueza, está agora prevista até ao final de setembro.

O BiG – Banco de Investimento Global está prestes a fechar o plano de expansão para Espanha. Dois anos depois do prazo inicial previsto e em plena pandemia, a sucursal deverá abrir até final de setembro, apurou o ECO. Será liderada pelo português António Preto e pelo espanhol Arturo Perera.

O BiG anunciou, ainda em 2018, os planos de expandir para Espanha, com a intenção de abrir até final desse ano. O ECO sabe que as autorizações regulatórias acabaram por demorar mais, com o registo pelo Banco de Espanha a ficar fechado apenas a 31 de maio de 2019. Mais recentemente, a abertura acabou por ser adiada ainda mais pela pandemia. Apesar disso, o banco liderado por Mário Bolota está agora prestes a abrir a sucursal em Madrid.

O BiG Espanha já está a funcionar em fase de testes e a inauguração deverá acontecer até final de setembro. O negócio principal será focado na gestão de riqueza e clientes privados, sendo que os serviços de banca de retalho, incluindo crédito poderá vir a estar nos planos futuros. António Preto e Arturo Perera vão partilhar funções de diretores gerais. No fim do ano passado, o banco tinha sete funcionários em Espanha.

“Durante o ano de 2020, o BiG prevê lançar a sua estratégia de banca digital para o mercado espanhol”, refere o relatório e contas de 2019. “Numa primeira fase, o foco será essencialmente em plataformas de negociação, na captação de recursos de clientes, na gestão de ativos e na prestação de serviços de assessoria financeira“. Contacto pelo ECO para obter mais informações, o BiG não quis fazer comentários.

A expansão do banco de investimento para Espanha acontece depois da abertura de uma outra sucursal em Moçambique, em 2016, e após outras duas tentativas falhadas de internalização: para os EUA e Brasil.

O grupo registou, no ano passado, lucros de 42,1 milhões de euros, mais 82% do que no ano anterior, com a ajuda do aumento das receitas de tesouraria e mercado de capitais, bem como pela margem e comissões do negócio de corretagem e gestão de ativos.

As contas do primeiro trimestre mostram que a pandemia ainda não teve impacto, com os lucros a cresceram 88% para quase 6 milhões de euros, na comparação entre janeiro e março de 2020 e o período homólogo.

“O banco encontra-se a acompanhar de perto a evolução da pandemia provocado pelo Covid-19 por forma a avaliar potenciais impactos na sua atividade. Dadas as incertezas e medidas em curso a ser avaliadas pelos reguladores nacionais e internacionais, o banco ainda não consegue estimar com precisão e fiabilidade os impactos nas suas demonstrações financeiras“, dizia também no relatório e contas.

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